sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Pra quem vem de cima, esse aqui foi o limiar
(até porque ainda vou postar, acima, 4:31, muitas outras rimas de poetas importantes para minha constituição delirante).
limiar

limite

da sanidade prosaica...

ou melhor...
antes...

foi mesmo
o quando
recordei Seu França.

Eis então
outro poeta
que embora morto
e ao que me consta
suicida
ainda vive
em meus delírios
e inexatos...

Pra os íntimos
e infalíveis
pedófilos
do abstrato:

Torquato...

Torquato NetoTorquato Neto
--------------------------------------------------------------------------------

Cogito


eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível

eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desferrolhado
indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.

Um comentário:

Clementina disse...

muito bons os constituintes de seus delírios.
dá gosto de ler
"eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível"