terça-feira, 31 de março de 2009

O Globo usa foto de Cauã Reymond como se fosse a roqueira Courtney Love


Ator aparece em matéria do jornal O Globo on-line como se fosse roqueira Courtney Love, viúva de Kurt Cobain. A foto, na verdade, foi feita para divulgar um blog da agência de comunicação, que assessora o ator. A foto do ator é de 14 de maio de 2008, e a matéria do Globo é de hoje (31/03/2009). A matéria original, da Folha de São Paulo pode se acessada AQUI. A do Globo (na foto acima), AQUI

marquetim?

Durante o intervalo do jogo entre Corinthians e Ituano, pelo campeonato paulista. O repórter de campo da CBN São Paulo, ao entrevistar um dos jogadores do Corinthians, que vencia por 3 a zero, pergunta se o Corinthians merecia o resultado ou se o “Itaú” que facilitou, se corrigindo em seguida. Será um marquetim proposital?

sábado, 28 de março de 2009

todo o pessoal de los angeles anda fazendo isto: correndo com o rabo feito doido, em busca de uma coisa que não existe. no fundo, não passa de medo de ficar sozinho. o medo que eu sinto é da multidão, dessa turma que anda correndo com o rabo feito doido; dessa gente que lê norman mailer, vai aos jogos de beisebol, corta e rega o gramado das casas e se curva no jardim, de pazinha na mão.

bukowski

quinta-feira, 26 de março de 2009

das coisas vida

o último texto que coloquei aqui, nem era pra ser colocado, porque eu não havia finalizado. o texto era pra ser um diálogo. na verdade, será. ocorre que fiquei levemente ansiosa, depois de uma aula animada sobre vidas ordinárias, e resolvi postar. no dia seguinte até me arrependi de ter postado algo que queria elaborar mais. mas, sem problemas... posto a mesma ideia de novo depois.

o que me deixou chateada com esse texto, especificamente, é que ele tem umas ideias que me são muito caras e reverberou de forma absolutamente oposta - o que me fez pensar que minha precipitação em colocá-lo aqui foi estúpida.

tô acostumada a ver nos comentários interpretações bem distantes do que escrevi. faz parte. problema é quando as pessoas acham que o que tá no blog é direcionado pra elas.

isso aqui não é diário, não é mural de recados... é só um blog. sem pretensões. e cara, os textos não são autobiográficos. as coisas escritas aqui, por mim, pelo menos, são selecionadas e pensadas de forma a se tornarem levemente interessantes. e mesmo que esse processo não seja cuidadosamente planejado e consciente, é inevitável que aconteça. ao escrever aqui, eu sei que estará exposto de uma dada forma. isso já interfere no que eu escrevo. não é que não seja verdade, mas é algo construído com um dado fim, ainda que contenha impressões, sentimentos etc etc.

isso não é uma autobiografia virtual. isso não é um oráculo ou um jornal. é só uma página onde 4 amigos, que um dia estavam num bar e resolveram colar papéis pela rua, decidiram expôr seus devaneios e desvarios. e só!

não gosta de política? a carapuça te serviu e incomodou? não gostou da rima? muda de endereço.

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já ia esquecendo: anônimo, eu como o que dá pra comer... com detalhes!

alexandre garcia

o nobre jornalista da rede globo - o mesmo que encheu a bola do collor no livro 'os bastidores da notícia', antes das eleições de 1989 - atualmente apresenta o bom dia brasil, programa matinal de jornalismo (?) da rede globo. a entrevistada de hoje foi a dilma roussef, e a pergunta que ele me faz é se o material de divulgação da campanha habitacional que está sendo lançada pelo governo federal, com a imagem de uma família com quatro filhos não causaria uma explosão demográfica. num tem quê com quê...

quarta-feira, 25 de março de 2009

floripa...

em tempos de escrever dissertação, a sede parece ser ainda mais constante. por algum motivo lembrei de uma cerveja gelada que tomei em floripa, no botequim (esse é - ou era - o nome do lugar). além do nome, o ambiente também era agradável. tanto que na semana que fiquei por lá, passei todos os dias pelo local. ruim mesmo era que fechava cedo, como todo o resto em florianópolis.

a vida e a Vida

"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca."
Apocalipse, capítulo 3, versículo 16 - Bíblia









Eu não concebo uma vida ordinária. Corriqueira. Desculpa, mas não concebo. Não aceito e não quero pra mim. Uma vida mediana, dessas que aceita o que vê, engolindo o que não agrada e deglutindo o que na dimensão da mente é inaceitável. Meu mundo não é das idéias. Eu não suporto. Eu não suporto a aparente sensatez, a segurança, o ‘pode ser’, o razoável. Chamem do que quiser: radical, anacrônico, limitado. Pouco me importa. Prefiro ser assim do que optar por passar pela vida média, incólume, impune. Eu quero ser punida, condenada e apontada na rua. Eu quero ser presa por derrubar o muro, mas jamais manter-me em pé sobre ele. Eu quero ser hipócrita, mentirosa e contraditória. Como são belos os contraditórios – porque são críticos, antes de tudo. Os mentirosos são os mais sinceros que conheço, assim como os hipócritas. Porque reconhecem e aceitam que nessa ordem vil e ordinária que vivemos, não há como passar pela vida sem a hipocrisia e a mentira. Elas têm sua função social. Como viver num mundo que oprime, discrimina e explora sem a hipocrisia? Como sobreviver à vergonha, ao desmando e ao preconceito? A mentira e a hipocrisia são instrumentos da justiça. Eu as exalto e admiro. Mas não admito o estável, o inerte. Não admito porque eles nos fazem menos humanos. Porque é impossível que o humano admita certos absurdos. Eu sei que não admite. Mas engole. Engole pra sobreviver. Pra aproveitar do ordinário. Como um cão que come migalhas, gemendo pelos cantos. Eu não quero migalhas. Eu não sou cão. Eu sou homem. Eu faço meu pão. Eu como o que eu quiser. Mentira! Eu como o que dá pra comer, mas nunca só o que me é dado. Porque eu não admito que seja só isso.

segunda-feira, 23 de março de 2009

eu também quero entrar pro clube

eu não sei se vocês já viram, mas existe uma campanha da nextel que tá direto na televisão: clube nextel. eu vi os primeiros e não gostei do espírito da coisa. aí vi um com uma mulher. ela fala que fuma charuto, bebe e nunca gostou de boneca. conta que todo mundo dizia que ela não ia casar (olha que sorte) e enfim, mostra como estava fadada a ser uma fudida, mas aí vem a redenção: casei, tenho filhos e dirijo uma das maiores empreses de cosmético de num sei aonde... e claro: tenho um nextel.



ahhh má vá! vátomarnocu. desde quando casar e ser empresária significa alguma coisa além de casar e ser empresária? ok, a publicidade faz isso o tempo todo. mas os tais filminhos pegam uns estereótipos bem sacanas. é um discurso nojento.
e
m 30 segundos o vídeo reproduz coisas bem cruéis. e eu não estou falando só de estereótipos e preconceito. eu estou falando de signos que abarrotam o nosso cotidiano como se vivêssemos dentro de um grande pinico. quem disse que uma mulher precisa de filhos ou um casamento para se realizar? o que tem demais uma mulher que bebe? mulheres que usam calças e andam sem rebolar só merecem respeito se forem grandes empresárias?


cara, essas porcarias estão aí e de certa forma ditam as regras do jogo. além de claro, influenciar o consumo. e em tempos que consumir significa ser gente, isso é um pouco relevante - na minha modesta visão dos fatos.

eu tenho pensado muito em como o capital - o mercado, que seja - consegue devorar a cultura, as diferenças e as manifestações de qualquer gênero que o ser humano possa gerar. tudo pode vir a dar lucro, tudo é incorporado pela indústria. de certa forma a propaganda da nextel se conecta com isso... o mercado não só tem solução pra tudo, como ele tem espaço pra tudo. isso fica mais fácil de visualizar se pensarmos nas muitas lutas de diversos grupos sociais que viraram mercadoria - ainda que essas lutas sejam atuais e que esses grupos convivam com o preconceito do próprio mercado. os melhores exemplos pra mim são: negros e homossexuais. de bandeira de luta por direitos, viraram 'segmento' da indústria da moda, de cosméticos, de turismo etc etc.

sim, mas o que eu ia contar desde o começo e ainda não consegui, é que agora a pouco vi na tv o comercial dessa campanha da nextel com a fernanda young. deprimente. sempre fui estranha, pintei cabelo de rosa, quis me suicidar...mas hoje? hoje eu sou uma nova mulher: escrevi num sei quantas séries, tantos livros e bla bla bla! e adivinha? tenho três filhas.



duas observações
1. faltou ela dizer que foi figurante em novela da globo (clica aqui)

2. meu estimado leitor, conselho de quem entende do assunto: começa a escrever o primeiro livro, porque pelo perfil dos leitores que eu conheço daqui, quem não quis se matar, é dislexo. quem não se enquadra em nenhuma das duas categorias fez coisa muito pior. então, pra chegar aos 40 e comprar um nextel, começa logo a correr atrás. pronto, avisei!

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os acentos chegaram. obrigada, daniel!

domingo, 22 de março de 2009

consideracoes

- capilo saiu antes de dormir na mesa

- os convidados foram embora e como de praxe, eu fiquei ouvindo musica sertaneja e raul seixas e tomando cerveja

- minha vo, contrariando todas as expectativas - especialmente as do andre que achava que ela nem andava - fez 82 anos numa festa que a deixou feliz

- volta amana!!!!

- de resto, eu tou preocupada com os rumos do big brother!

- e ainda nao tenho acentos. putaquepariu.

sábado, 21 de março de 2009

as noites sao muito melhores com o bode e capilo. eh incrivel como ficam agradaveis

hoje saimos do trabalho e falamos de quase tudo: trabalho, piadas, blog, amor, saudades (volta amana!!!), bruno bandido (bom blog), amigos.... e claro, psicanalise, foucault, marx, politica, direitos humanos e mais trabalho.

juntos, somos bem interessantes.

cle, ainda sem acentos

sexta-feira, 20 de março de 2009

das razões do meu amor...

...pelo google.

se tem um negócio que eu gosto no gmail é a opção desfazer que aparece lá. eu vivo clicando a tôa e fazendo merda no meu e-mail, aí sempre aparece depois de uma ação uma barra com a opção 'desfazer'.

só faltava um desfazer também para e-mails enviados. eu vivo mandando e-mails errados, quer dizer, pro endereço errado. outra coisa é que vivo uma fase "bebo-e-mando-email". já tive a fase "bebo e ligo", mas a gente evolui né? ainda não saí totalmente da fase "bebo e mando sms", mas caminho para deixá-la e me aprofundar na arte de mandar e-mail depois de beber. e nem sempre mandamos coisas legais nesses momentos. pior, fica ainda mais fácil de eu confundir endereços. enfim... um comando 'desfazer' poderia me ser bastante útil.

e num é que os caras inventaram? aqui ó!

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conversava com uma amiga há um tempo sobre isso e desenvolvi uma teoria mais abrangente sobre o 'desfazer'. penso que podia se aplicar a vida como um todo. exemplo: vontade monstra de comer uma torta de chocolate. você podia comer, satisfazer sua compulsão e depois: desfazer. não engorda, nem agride a natureza...

ou melhor, podia beber muito. antes de voltar pra cas: desfazer.

será que deus, tão sábio, não notou que a vida sem consequências seria muito mais fácil?


*devaneios vespertinos potencializados pela total ausência de ânimo para as lides laborais*

quarta-feira, 18 de março de 2009

a imprensa...

hoje fiquei impressionado com o jornal do canal do silvio santos. há mais tempo, quase um ano, os caras fizeram uma babaquice danada, inventando confronto na maré numa sessão de um cineclube. com imagens de arquivo, diziam que houve confronto entre bandidos e policias que quase impedem a exibição. no mesmo dia, a tv brasil cobria o evento. já achei um baita absurdo.

hoje - ultimamente tenho ligado a televisão, antes de começar a escrever a tal da dissertação - passando de canal, tá começando o tal jornal. ao ouvir a musiquinha, lembrei da cena citada, e esperei pra ver como seria o início. e não dou de cara com o carlos nascimento dizendo que traficantes fazem festa para comemorar aniversário de traficante no complexo do alemão. tá, tudo bem. só que as imagens são antigas, de uns seis meses, e o cara coloca como se fosse hoje? parece que houve um repeteco da matéria anterior, porque era grande, coisa de quatro minutos (muito tempo prum telejornal) e mostrava a festa, falava um bocado de coisa. isso pra lincar com a fala do secretário de segurança pública, que hoje, ao apresentar os dados de violência no estado do rio de 2008, disse algo do tipo "não podemos entrar na favela para resolver um problema e sair com 10". não tinha absolutamente nada a ver com a festa de seis meses atrás, mas pro jornal do sbt ele estava falando especificamente da festa. tosco. pior é que as pessoas vão achar que era sobre isso que ele estava falando.

falando no secretário, essa semana ele deu uma declaração dizendo que é impossível coibir o 'bico' de policiais, porque enquanto os caras receberem esse salário... seu chefe, o cabral, rebateu. mas causou um certo rebuliço.

e na divulgação dos dados de hoje, pelo menos um dado positivo. o número de mortes em confrontos com a polícia e de mortes de policias, que vinham batendo recordes ano a ano, caíram. negócio é continuar caindo.

segunda-feira, 16 de março de 2009

todo dia é a mesma coisa

todo dia é dia de ganhar
todo dia é dia de perder
todo dia é dia de você
às vezes é dia de amar

eu na roda viva e você lá em trindade
todo dia é dia da saudade

sábado, 14 de março de 2009

pequeno manual prático de mentiras ou estar em casa no sábado a noite ouvindo música sertaneja

esse blog tá ficando cada dia mais louco. cada hora que eu abro ele tá de um jeito. tem vida própria.

tou eu aqui escondidinha em casa, curtindo preguiça, fugindo da ‘badalada night carioca’ (não que os convites tenham sido ruins. eu é que não tou pra eles) e ouvindo música sertaneja. isso mesmo, ando viciada numa tal dupla chamada victor e léo. na ida pra casa dos meus avós, em MG, me viciei nos caras. tem uma música ótima, chamada borboletas. experimenta aí, antes de criticar.

bom, tou aqui e tal, fazendo nada, já li umas coisas, folheei um poemas de um cara desconhecido que comprei só porque escreve hai-kais. mas o livro é péssimo. só gostei de um:


sem rodeios
os teens
justificam os seios

enfim...daí fui mexer na minha caixa de e-mails e dar uma arrumada. foda arrumar e-mails. muita coisa que eu não lembrava. outras tantas que eu queria esquecer – aí deletei antes de chegar no fim.

Ok, nada interessante. o que eu queria colocar aqui é um poema que mandei pra uma amiga das antigas. o poema é do Brecht, mas nem parece. o interessante é que escrevi comentários ao final de algumas estrofes (entre parentesis).

Lista de preferências


Alegrias, as desmedidas.

Dores, as não curtidas.

Casos, os inconcebíveis.

Conselhos, os inexeqüíveis.
(com excessão dos seus)

Meninas, as veras.

Mulheres, insinceras.
(homens também, mas viva o amor livre)

Orgamos, os múltiplos.

Ódios, os mútuos. (sempre, os dois)

Domicílios, os temporários. (ainda que haja saudades)

Adeuses, os bem sumários.

Artes, as não rentáveis.

Professores, os enterráveis.

Prazeres, os transparentes.

Projetos, os contingentes.

Inimigos, os delicados.

Amigos, os estouvados.

Cores, o rubro.

Meses, outubro. (e viva a revolução)

Elementos, os fogos.

Divindades, o logos.

Vidas, as espontâneas.

Mortes, as instantâneas.


acho que hoje os comentários não seriam os mesmos. acho que comentaria mais tbm. isso tem apenas 2 anos e já sou tão diferente. é por isso que não tenho coragem de fazer uma tatuagem. imagina carregar o que eu era num dado momento pro resto da vida...

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uma vez eu li uma entrevista ping-pong em que o repórter perguntou ao cara: mentira? e o cara, fugindo do corriqueiro 'nunca', respondeu: apenas quando necessário. achei genial. não importa se são boas ou ruins ou se é pecado. elas são necessárias.

eu confesso que minto bem. sempre que necessário, claro. e me dá uma angústia profunda ver alguém que não sabe fazer. a mentira tem princípios básicos, por exemplo: não tente ser natural, apenas diga, diga sem pensar que está mentindo. vc tem que acreditar no que diz. e fundamental: sem furos, pelo menos não os óbvios. os furos que aparecerem depois, vc cobre com novas mentiras. mas os óbvios não podem existir.

no momento acompanho um caso de mentira bem ruim. a pessoa não sabe mentir, tenta ser natural e ainda deixou o furo mais óbvio à mostra. quer dizer...vai pra lugar nenhum. tem hora que me dá vontade de ligar e dizer: olha, faz assim, assim e assim que te garanto que conserta.

mas não dá pra mentir pra mim e ainda mentir pelos outros. deixa eu cá com minhas mentiras, que já me dãobastante trabalho.

quinta-feira, 12 de março de 2009

despedida

- Não, eu não quero ouvir. Não quero. Não quero porque não tenho a menor obrigação de ouvir. Porque eu estou enfadado dessa sua voz rouca e de tudo mais que vem de você. Faça apenas o favor de deixar a lista com meus defeitos em cima dessa mesa à esquerda. Depois, sem dar nenhum passo adiante, você pode se dirigir à porta, retirar-se e batê-la com cautela. Não apenas para evitar barulho, mas também para não tirar do lugar o tapete. Sem problemas: se tiver também uma lista de qualidades, é só depositá-la no escaninho à direita e seguir os procedimentos normalmente. Sem dar nenhum passo adiante, dirija-se à porta, retire-se e bata-a com cautela. Não apenas para evitar barulho, mas também para não tirar do lugar o tapete. Devo alertar que isso não quer dizer que ambos não serão protocolados. Quer dizer apenas que lerei os defeitos primeiro. Não, não o farei por mim. Eu os conheço detalhadamente. Ocorre que cada defeito que você é capaz de identificar em mim, em especial os que, geralmente, passam desapercebidos, nada mais é do que algo que há em você. Assim sendo, essa lista vil e indecorosa que você produziu, nada mais é do que uma cortina de voal branco, transparente como as que eu tinha no quarto quando criança. Agora, veja bem, de forma alguma estou desprezando as qualidades. Longe de mim. Pelo contrário, elas me são muito caras. Menos interessantes talvez. É sempre a mesmice dos elogios superficiais. Eu estou cansado de pessoas legais e gente boa. Para mim isso é ofensa. No entanto, não há que duvidar dos méritos das qualidades. São boas companhias nas noites de insônia. Nas jornadas solitárias. Se é verdade sua quase sempre superficialidade, não menos verdade é sua capacidade de remendar um ego e polir uma face abatida. Mas dado meu enfado, já falei demais. E fiz demais, suportando esses dois passos que você deu. Regozije-se neles e sem dar nenhum passo adiante, dirija-se à porta, retire-se e bata-a com cautela. Não apenas para evitar barulho, mas também para não tirar do lugar o tapete.

Para recordar e "desestressar"

quarta-feira, 11 de março de 2009

algumas considerações

- o layout novo tem me atormentado. fiquei horas olhando pro blog nos últimos dias tentando entender ou encontrar algo que me fosse visualmente agradável;

- o que me faz pensar que certos designers dão ótimos tocadores de bumbo;

- eu não assinaria Piauí. eles são elitistas, pouco críticos, mas muito bons. acontece que a cada texto em que eu constatasse as características acima citadas, eu ficaria bastante irritada pensando no valor que paguei pra assinar essa porcaria por um ano - o que passaria rapidamente com o texto seguinte, já que tem muita coisa boa. isso, no entanto, não me impede de lê-la e gostar. eles disponibilizam todo o conteúdo no site ao longo do mês. assim que a edição vai pra banca, liberam uns três textos e ao longo do mês vão revezando o conteúdo que é liberado. entrando periodicamente no site, ao fim de 4 semanas, você já leu tudo;

- não acho o Le Monde brasileiro ruim não (ele é escrito em português). Bem críticos, cheios de conteúdo...e chatos!!! desculpa, mas eles me cansam um pouco. os textos algumas vezes pecam por excesso de linguagem técnica e umas coisas que você precisa estudar antes pra poder entender. acaba sendo uma revista de análises, mais do que um jornal ou um periódico noticioso. é o ranço francês, eu diria. eles presumem que ao nascer o sujeito recebe uma injeção que infla seu universo semântico e que antes dos 10 anos ele já devorou a obra completa de Sartre e está começando a de Proust;

- eu assinaria gibis e compraria revistas a partir da capa que me agradasse na banca. Caros amigos, Le monde, Piauí, Carta Capital... menos veja!

- tenho dois textos pra postar aqui, mas que precisam ser relidos com calma, foram escritos no calor da situação, depois que achei dois morangos e um escorpião embaixo da minha cama. andava meio sem tempo pra postar, depois rolou uma falta de estímulo por conta do layout yankee. mas tou superando...

'Falha' de São Paulo

Retirado do blog Emails que vem e vão AQUI

Com indicações em vermelho, pra agradar ao ianque Faveleiro

"Diferentemente do que foi publicado na seção de necrologia, caderno São Paulo, nos dias 24/6 (pág. 3-6) e 25/6 (pág. 3-8), não houve missa de Ricardo Bacanhim Pereira. Ele está vivo." (27.jun.97)

"O quadro da edição de 9/1 de 'Ciência', referente à reportagem 'Viagra para mulher', à pág. 25 do caderno Mais!, indica erroneamente a vagina no local do ânus. No mesmo quadro, o testículo está incorretamente indicado no local do escroto." (14.mar.00)

"Diferentemente do que foi publicado no texto 'Artistas periféricos passam despercebidos', à pág. 5-3 da edição de ontem da Ilustrada, Jesus não foi enforcado, mas crucificado, e a frase 'No princípio era o Verbo' está no Novo, não no Velho Testamento." (7.dez.94)

"O nome do maestro Eleazar de Carvalho saiu grafado errado na edição de ontem à pág. 1-9 do caderno Brasil." (5.jul.94) (Saiu sem o v)

"Na nota 'Balão', da coluna Joyce Pascowitch, publicada à pág. 5-2 (Ilustrada) de 18/12, onde se lê 'bando Opportunity', leia-se 'banco Opportunity';" (21.dez.95)

"A peste pneumônica é transmitida por gotículas de saliva, diferentemente do que informou o texto publicado na pág. 2-10, no dia 24/09." (28.set.94) O texto afirmava que a doença era transmitida por filhotes de perdiz. Quem editou o texto procurou um sinônimo para perdigoto, que pode significar tanto salpico de saliva como filhote de perdiz.

"Texto de capa do caderno Ilustrada da edição de anteontem grafou incorretamente no primeiro parágrafo a palavra ortografia (saiu hortografia)." (25.fev.95)

"Saiu grafado incorretamente na edição de ontem o plural de fuzil-metralhadora. O certo é fuzis-metralhadoras, e não fuzíveis-metralhadoras, como foi publicado na pág. 1-14 de Brasil." (13.set.91)

"Por erro de digitação, foi grafado poço cartesiano, em vez de artesiano, na página 3-1 de sábado último." (16.fev.94)

"O músico Carlos Santana é guatemalteco, e não mexicano, como informou reportagem à pág. 4-3 (Ilustrada) de ontem." (12.mar.96)... "Diferentemente do que informou ontem esta seção, o músico Carlos Santana é mesmo mexicano e não guatemalteco." (13.mar.96)

"Diferentemente do que foi publicado à pág. 1-14 (Brasil) da edição e 19/3, a Segunda Guerra Mundial começou em 1939, os EUA entraram na guerra em 1941, a Guerra dos Seis Dias foi em 1967, o presidente Richard Nixon (EUA) renunciou em 1974, Margaret Thatcher assumiu o poder no Reino Unido em 1979, o Muro de Berlim caiu em 1989, e o Iraque invadiu o Kuait em 1990." (27.set.95)

A Excomunhão em versos

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA
Miguezim de Princesa - direto da Paraíba

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

terça-feira, 10 de março de 2009

DE: Bodão PARA: Faveleiro

MEU DEUS!!!!

VEJAM SÓ!!!

FRED NO LYON:



E AGORA
FRED SE APRESENTANDO NO FLU!!!!






Revista Piauí?

Gostaria que os amigos jornalistas do blog me dissessem como avaliam a tal da Revista Piauí. Tô pensando em assiná-la mas tenho minhas dúvidas... me disseram que vale mais a pena a Carta Capital. E aí? O que vocês disserem é o que tá valendo... O psicólogo de buteco pode também se manifestar...

domingo, 8 de março de 2009

Ronaaaldo

Bodão, falei a pouco com o Ronaldo e mandou um abraço pros flamenguistas, um espedcial pra você.

quinta-feira, 5 de março de 2009

E vamos engolindo mais uma comoção histérica

A cólera que me consome diante de fatos como o do casal que foi jogado do penhasco por criminosos é o que me impulsiona a retornar aqui após algum tempo. Mas não é a "maldade sem tamanho" - conforme diz um jornal publicado hoje - dos que praticaram o delito, muito menos algum sentimento de solidariedade com o pobre empresário que está traumatizado e não quer mais sair de casa... não é isso que me causa tanta ira. É essa onda de comoção histérica que toma conta das pessoas (de todas as classes) coagidas por uma mídia classista.
Mortes violentas e macabras, chacinas, torturas, abusos sexuais, e outros crimes bizarros ocorrem todos os dias do lado de cá do túnel e não repercutem sequer meia hora em sites de notícias. Mas a maldade desenfreada, a monstruosidade daqueles delinquentes favelados que, sem um pingo de compaixão daquele pobre casal, assaltaram e os empurraram num tobogã natural, deixando-os com profundos traumas que só serão curados com muita terapia, é o suficiente para se mudar até a legislação!

Não quero aqui promover qualquer discurso radical em pról do conflito violento e declarado de classes. Mas causa indignação a disparidade de repercussão de como são tratados determinadas notícias por aqui. É lamentável o que ocorreu e preocupa saber que também sou passível de ser vítima de um crime desse e que certamente no calor da emoção desejaria a morte desses rapazes sendo eu a vítima (mas para isso existe o Estado, que racionalmente, deve agir e conter as emoções individuais). Mas essa comoção histérica que se insere nos bate papos mais comuns da cidade expõe de forma bastante clara as mazelas de uma sociedade profundamente marcada pelo conflito desigual de classe.

E vamos debatendo...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Eu não aguento...

Eu juro que eu tou tentando parar com a história da brasileira que 'foi atacada por neonazistas' (tem hífen, não tem, nunca teve?). Mas, cara, não tem como...

Essa é uma das melhores:

O site Cocadaboa está vendendo camisetas como forma de fazer uma campanha contra a Suiça, este país opressor que quer punir a brasileira Paula Oliveira - é o que diz o site .



Eles têm todos os tamanhos e a renda vai para ajudar na defesa da pobre Paula.

Já pedi duas: uma pra cada gêmeo. Peça você também.