Me deparei com essa frase aí de cima na manchete do Yahoo Notícias. A primeira frase da notícia é a seguinte: “Nunca policiais fluminenses mataram tanto quanto neste ano. E se distanciaram ainda mais num ranking negativo: é a polícia que mais mata no mundo, como já mostravam dados de 2003”.
E continua falando que os 1.195 autos de resistência de 2003 já superavam todos os países que têm dados oficiais. DESDE 2003. Mas é preciso que morra alguém fora da favela pra isso virar notícia, virar manchete do Jornal Nacional, virar capa dos principais (no sentido de maior circulação) jornais.
É relevante notar que o Rio de Janeiro mata mais que os países. Eles contabilizam o Estado do Rio, mas a cidade fica com cerca de 90% dos autos de resistência. É só termos uma morte fora da favela que esses números (de pobres mortos pela polícia) viram escândalo e servem apenas para a mídia, a sociedade, o escambau, mostrar que agora (depois de cinco anos matando mais de mil pessoas por ano) o negócio está feio, e que alguma coisa precisa mudar.
Esquecem, é claro, de dizer que essa “política de enfrentamento” hoje questionada por ‘todos’ é a mesma defendida por esse ‘todos’. Se os absurdos começarem a acontecer no outro lado do túnel (CLÊ, 2008), começam a questionar a política de extermínio. Não sei se isso é bom ou ruim.
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Um comentário:
(CLÊ, 2008)??? hahaha!!! boua, agora podemos nos citar assim. vai fazer maior sucesso na academia...
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