terça-feira, 15 de julho de 2008

Para não deixar o blog morrer, nem o samba...*

As atualizações andam fracas mesmo! A gente sabe. E olha que são 3 vagabundos para manter isso aqui (Faveleiro nem conto mais, só aparece pra cerveja, o danado). Bom, mas pra não deixar o blog morrer, eis aqui um post sem quê nem pra quê (olha a rima boa).

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Hoje, eu e Capilo voltávamos do trabalho comentando sobre sambas. Comentávamos de como é agradável uma música que trata do cotidiano e de outros temas que não o amor, retratado exaustivamente nas canções ditas de massa. Mais, falávamos de como é bonito ver o amor tratado juntamente com o cotidiano, vinculado à realidade. Na hora me veio a mente "Coisas do mundo minha nêga" do Paulinho da Viola. Capilo, como sempre, exaltava João Nogueira.

Pois bem. Isso me fez recordar uma música que venho escutando há dias (eu tenho essa mania de ficar escutando a mesma música sem parar. Faço listas com apenas 15 ou 20 música no meu player no computador e no celular e fico ouvindo as mesmas, 3, 4, 10 vezes no mesmo dia. No momento, além dessa que vou postar aqui, ando ouvindo umas 3 do Chico Buarque, dentre as quais, "Meu caro amigo", afinal de contas, sem cachaça ninguém aguenta esse rojão). Fecha parênteses. Então, lembrei da música, que esqueci de comentar com Capilo no carro (Capilo, esse post é pra vcoê). A canção é do Paulo César Pinheiro e do Wilson das Neves. E é linda. Fala sobre tradição, sobre mantermos vivo aquilo que é produto de nossas relações enquanto homens que vivem em sociedade. Porque é isso minha gente, que vai continuar nos constituindo enquanto sociedade. A ausência de vínculo com nossa memória, enquanto seres sociais, e a total perda de ligação com o mundo do qual fazermos parte é que faz dele essa desgraça que está aí. Ou um dos fatores que o faz. Bom, é claro que nem todo mundo precisa gostar de samba (mas devia). Só que ter memória, fazer dela instrumento de resistência ao que nos é posto e naturalizado (mas que não passa de objeto de consumo), é mais do que urgente. O esquecimento é um pecado pelo qual pagamos diariamente, enquanto sociedade.

Com vocês, "O samba é meu dom", na voz de Fabiana Cozza (queria a versão do Wilson das Neves, não achei. Mas essa música ficou bem famosa na voz dessa mulher). Aproveitem.



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*o título desse post é uma paráfrase de um título dado por uma velha companheira de copo e de samba. Com sua licença.

Um comentário:

Suzana disse...

vc anda mesmo boa nesse lance de palavras, hum? águas passadas, tempestade, quê, pra quê. acho que esse é o caminho. daqui a pouco sai um refrão.

sobre a música... há! sei de algu;em que a interpreta de forma majestosa! hahaha olhando no fundo dos olhos e trajada peculiarmente.

cumplicidade e piadas internas ad aeternum. o resto passa.