segunda-feira, 28 de julho de 2008

OMBUDSMAN DO CAPETA
poesias devaneios desvarios


Deus está morto
Marx está morto
eu estou morto

vou enterrar os três
depois de amanhã

nicolas behr

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eu e capilo hoje conversávamos sobre 'ser vagabundo'. bodão fala disso melhor que a gente, com certeza. não que ele seja vagabundo, mas porque vem a mais tempo pensando sobre a questão. inclusive, tem um samba ótimo composto por ele com o tema. ou é sobre trabalho, tudo a mesma coisa.
capilo concluiu que há que se tomar logo uma decisão na vida: ser trabalhador ou ser vagabundo. levar a vida no meio termo é cansativo demais. mais até do que ser trabalhador. o interessante dessa dicotomia é que geralmente as pessoas passam a vida trabalhando para um dia se tornarem vagabundos. não tou falando do povão não, que se não se matar na ralação não come, não ajuda a mãe, apanha da polícia e vê os filhos morrerem de fome. tou falando de quem trabalha e diz que 'quando se aposentar', 'quando as crianças saírem da faculdade', 'quando...quando...quando...': 'vou correr todo dia na praia, comprar um barco, dormir até tarde, ler mais, ir ao cinema e aproveitar a vida'.
felizes são os vagabundos, aproveitam a vida com pelo menos uns 30 anos de vantagem.


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coincidências dessas da vida, hoje eu ouvi uma música velha e
me ocorreu uma preocupação, digamos, existencialista:
o pra sempre, sempre acaba?
tá, e se acabar, é pra sempre?

4 comentários:

Vitor Castro disse...

realmente está complicado essa vida dúbia. nove da manhã e isso não é hora de estar acordado. mas estou...

Faber disse...

três vivas às férias!
a única oportunidade de ser vagabundo sem ter peso na consciência e com salário na conta!!!

Suzana disse...

achei pertinente as considerações do pra sempre.

Clementina disse...

né não, suzana?