terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Papo fora

Parecia cronometrado. Cheguei do trabalho (tarde), coloquei uma lasanha no forno (tava sem comer desde o almoço), tomei uma chuveirada (tava precisando!), saí do banho (lógico), tirei a lasanha do forno (praticamente pronta, mas não dava pra esperar até o totalmente), passei prum prato e pensei: "vou ligar a TV". Antes lembrei que ela não está funcionando direito. Mas insisti e arrisquei (tem mais de quatro meses que ela está com problema, mas vira e mexe ela liga, apesar duma faísca que sai de sua traseira e de um barulho - que deixa de incomodar se aumentar o volume). A danada ligou. E o que estava começando no exato momento em que liguei? Rá, Big Brother - "está començando mais um Big Brother, e hoje é dia de trilogia". Pensei comigo, se alguém entra vai pensar que fiz tudo cronometrado (será meu subconsciente?). Entre as opções de canais, fui passando, antes de continuar no Big. Rede TV, com um pessoal de auditório com as mãos para cima. Passei. Band, intervalo. A próxima, não sei o canal, mas um programa religioso, por isso nem procurei saber o canal. Depois paro na Record e uma novela. Um cara no bar, vem uma morena com a coxa grossa, pergunta se ele está pagando. Ele diz que sim. Pelos olhares trocados me empolguei em continuar assistindo. Aí ele paga o lanche e levanta. Boiola, pensei. Ficaram as coxas e deu intervalo. Outro canal, SBT no jornal. Cansado hoje, num queria saber de notícia. Deu pra ver que desabou um prédio no centro do Rio, coisa de vazamento de gás. Amanhã me informo, se necessário. Caí na Globo de novo. Vejo o "nosso repórter metido a poeta, ex-marido de atriz-ladra-mulher-que ama-demais, nosso irrefutável porta-voz da mediocridade, Pedro Bial" (aspas para Bodvéi). E não é que de cara escuto a seguinte frase: "Bom, vamos agora jogar mais papo fora. Ou melhor papo dentro... da casa...". Aí num deu mais. Ou melhor, deu Ombudsman.

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