Falaram prum amigo meu que a vida dele num tava legal, que ele precisava se cuidar. Perguntou porquê.
– Ah, você sabe, a gente lê no seu blog o que você anda fazendo.
– Pô - argumentou - nem tudo que escrevo é verdade verdadeira gente.
– Ah, fica tranqüilo, somos amigos. Ficaram desapontado com ele. Não sei se por não aceitar que estava mal, por realmente não estar mal, ou porque falava mentira no blog e deixava eles achando que era verdade. Começou a tentar se defender.
– E você, falou que bateu a cabeça e tomou 12 pontos? Duvido, deve ter tomado só uns 2 pontinhos e fica valorizando a queda.
– 12 pontos sem contar que fiquei sem mexer o lado direito todo do corpo. (Pensou com ele, por isso que deve ser esquerdista ao extremo como é) Foi pro segundo da mesa:
– E você malandro, conta que foi preso no reveion porque tava mijando numa cabine policial. Aposto que era numa rua afastada e se bobear nem tava mijando, devia estar deitado no chão de tão bêbado. O cara levanta e mostra o boletim de ocorrência com o auto de infração, “fazendo necessidades fisiológicas em cabine de trabalho do policial militar, além de alcoolizado”, que ele anda com uma cópia no bolso para essas ocasiões.
O amigo ficava intrigado. Será que era o único que mentia? Continuou a rodada, e ainda apostou um chopp nessa, que imaginou não podia ser também verdade.
– E essa história de que levantou sonâmbulo, abriu a porta do guarda-roupa e mijou em tudo que tava dentro, acordando com sua mulher gritando seu nome (que vou omitir aqui, por fins óbvios)?.
– Ué, liga pra minha esposa que ela confirma. Perdeu um chopp, mas como todo bom apostador (na verdade bom apostador aqui é aquele que insiste em apostar até ganhar, e raramente ganha), apostou dois chopps com o próximo da fila.
– Rá, e você que falou que chegou em casa e mijou na parede da sala e sua avó gritando e você falando, peraí, peraí... Isso eu não acredito? (esqueci de contar que estavam na casa desse amigo) Surge aquela voz lá do fundo, inesperada. Era a avó. “Mijou sim, e ainda sentou no mijo depois de tão bêbado”.
Antes disso, uma amiga do meu amigo, até há pouco assaz crítica ao Big Brother, assumia que tinha virado fã do programa, que era viciante e não perdia nada. Esta nem tinha participado de toda essa conversa, porque tinha saído pra ver o BBB, era dia de “prova do líder” ou algo assim.
É, meu amigo chegou à conclusão que ele era o único que inventava historinhas no blog pessoal dele, que todos os seus amigos eram super sinceros, que sua vida era menos interessante que a dos demais (muito menos acontecimentos relevantes, ele tinha que inventar isso), mas pelo menos ficou satisfeito de, embora ninguém tenha acreditado nele, de que ele era o menos “errado” de todos, apesar das mentiras. Na verdade, ficou aliviado com as mentiras. Ficou é preocupado com os amigos, eles precisam se cuidar, essa vidinha não leva nada a ninguém...
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Papo fora
Parecia cronometrado. Cheguei do trabalho (tarde), coloquei uma lasanha no forno (tava sem comer desde o almoço), tomei uma chuveirada (tava precisando!), saí do banho (lógico), tirei a lasanha do forno (praticamente pronta, mas não dava pra esperar até o totalmente), passei prum prato e pensei: "vou ligar a TV". Antes lembrei que ela não está funcionando direito. Mas insisti e arrisquei (tem mais de quatro meses que ela está com problema, mas vira e mexe ela liga, apesar duma faísca que sai de sua traseira e de um barulho - que deixa de incomodar se aumentar o volume). A danada ligou. E o que estava começando no exato momento em que liguei? Rá, Big Brother - "está començando mais um Big Brother, e hoje é dia de trilogia". Pensei comigo, se alguém entra vai pensar que fiz tudo cronometrado (será meu subconsciente?). Entre as opções de canais, fui passando, antes de continuar no Big. Rede TV, com um pessoal de auditório com as mãos para cima. Passei. Band, intervalo. A próxima, não sei o canal, mas um programa religioso, por isso nem procurei saber o canal. Depois paro na Record e uma novela. Um cara no bar, vem uma morena com a coxa grossa, pergunta se ele está pagando. Ele diz que sim. Pelos olhares trocados me empolguei em continuar assistindo. Aí ele paga o lanche e levanta. Boiola, pensei. Ficaram as coxas e deu intervalo. Outro canal, SBT no jornal. Cansado hoje, num queria saber de notícia. Deu pra ver que desabou um prédio no centro do Rio, coisa de vazamento de gás. Amanhã me informo, se necessário. Caí na Globo de novo. Vejo o "nosso repórter metido a poeta, ex-marido de atriz-ladra-mulher-que ama-demais, nosso irrefutável porta-voz da mediocridade, Pedro Bial" (aspas para Bodvéi). E não é que de cara escuto a seguinte frase: "Bom, vamos agora jogar mais papo fora. Ou melhor papo dentro... da casa...". Aí num deu mais. Ou melhor, deu Ombudsman.
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