segunda-feira, 30 de novembro de 2009

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eu sei que todos os outros ombudsman, assim como a imensa maioria dos leitores e moradores da cidade maravilhosa e do mundo querem mais que a gente se foda... eu sei que nada está ganho, ainda... eu sei que tudo o que a Clê, o Capilo e o Faveleiro mais desejam na vida é minha decepção e tristeza daqui a uma semana... foda-se... já estou acostumado com a mesquinharia futebolística dos invejosos de plantão...

quero ser hexacampeão...

e confesso que o êxtase que me dominou a partir da tarde de ontem é uma das melhores emoções e sensações que se pode viver na vida...

botamos a mão na taça!!!! nossa... quase não consigo ainda acreditar...

eu poderia dizer que estou satisfeito com essa sensação vivida desde ontem... mas não seria eu, nem seria um autêntico rubronegro...

amigos, preparem suas mandingas, ódios e remorsos...

agora sou eu (Flamengo) contra todos vocês, paladinos da mediocridade!!!!

E é assim que eu gosto!!!!!

domingo, 29 de novembro de 2009

ai se eu fosse você...

se eu fosse você eu não iria embora sempre antes do metrô fechar (é cedo demais)
eu não reclamaria do sal na comida quando o que importa no almoço é a sobremesa
aprenderia a abrir um sutiã de forma mais hábil
decoria uns versos do pessoa
compraria uma bicicleta
e um allstar azul

seu eu fosse você eu teria uma rede
seria mais sincera
mentiria mais e melhor (apenas quando necessário)
e sairia dizendo que acredito que há coisas que duram para sempre

se eu fosse você, eu voltava pra mim de novo...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"deu mãozinha no milagre"

Estou lendo - e descobrindo como é bom - o Febeapá do Stanislaw Ponte Preta. Lendo devagar pra demorar a acabar olivro, que é curto. Já lá pra depois da metade, um dos contos é o que dá título a esta postagem. Lendo lembrei logo da Clementina e das discussões nos bares e de alguns textos que a mesma já deixou por aqui.

A crônica conta a história de um padre de Goiânia que disse que a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo começara a chorar de desgôsto. "Foi o quanto bastou para que a plebe ignara ficasse mais assanhada que um galo velho no galinheiro das frangas. Uma grande romaria mandou-se para o local", com palavras do Stanislaw. Mas e aí?

Bom, aí Ponte Preta lembra de Eça de Queiroz, em A Relíquia, quando fala da "coragem de afirmar" ("o negócio é ter peito para afirmar, o resto pode deixar que a crendice popular funciona melhor do que o melhor dos 'public relations'"). Ainda não deu pra entender?

Seguinte, Clê sempre fala da notícia, da manchete, que mesmo mentirosa, vai ficar na mente das pessoas. Tá dito, tá dito, e é quase impossível voltar atrás. Ainda mais quando nem se tenta.

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Voltando pro livro, mas mudando de assunto. Mas muitas tiradas boas, que acho que até fora de contexto são interessantes. Vão algumas, aleatórias:

* dentro dele vários passageiros, inclusive, e muito principalmente, uma lourinha dessas carnudinhas, mas nem por isso menos enxutas, uma dessas assim que puxa vida...

* armada a traquitanda, êle olhou outra vez para a dieita, para a subversiva, para a frente, para trás e, ratificada a ausência da lei, aponhou uns potes e abriu [o camelô]

* não era nenhum estouro de mulher, mas também não era como aquela que o gato cheirou e cobriu de areia

* ao atingir a puberdade, o Batalha já era tão feio que - francamente - eu estava vendo a hora que êle ia acabar Presidente da República

* o Carlão era um cara meio trapalhão, dêsses que cruzam cabra com periscópio pra ver se arrumam um bode-espiatório

um desses sujeitos assim cujo complexo de inferioridade é tamanho que, ao se olhar no espelho, sente-se mal ao deparar sua própria imagem, or considerá-la superior ao original

* conheci um que o pessoal chegou a apelidar de Zé Complexo. Um dia ele me confessou que, ao sair de casa, tinha ímpetos de deixar o elevador pra lá e descer pela lixeira.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

mau-humor e ordem


mau-humorada de um jeito que dá medo.


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vão acabar com o mate e outras comidinhas na praia. é pouco higiênico, diz o prefeito. é canalhice, digo eu. choque de ordem. eu quero é choque de realidade. de justiça. de desordem. porque eu não sei vocês, mas eu estou convencida que a ordem não deu certo.

fecharam ainda o acesso à pista do santos dumont. os três absurdos do rio de janeiro: acabaram com cerveja no maracanã, vão acabar com a esfiha da praia e fecharam a pista do aeroporto. eu vou me mudar pra tocantins, porque aqui não é mais meu lugar. aqui é lugar de ordeiros. eu não sou assim. eu como esfiha e vomito a noite. eu bebo no maracanã para xingar o flamenguista no metrô. eu pedalo aos domingos até o santos dumont, deito na grama, leio minhas porcarias e volto pra tomar uma cerveja. viu? nada de ordem. nada certo. nada familiar. nada de higiênico. e bom caráter passou longe.

sorte dos bons costumes que eu não sou prefeita dessa cidade.

em junho de 2008, por ocasião de meus vinte poucos anos, numa bela manhã de sábado, ganhei um café da manhã (meio piquenique) lá na grama que fica na beira da pista do santos dumont (colocaria uma foto linda aqui mas sei lá se os envolvidos iam curtir). tinha vinho, nutella e morango. e tinha três bons amigos. eu diria os melhores, mas aí vão me chamar de pretensiosa.

cara, a pista do santos dumont sempre foi um dos meus lugares favoritos no rio. frustração da porra foi chegar lá ontem e vê-la fechada. ódio.

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só porque falei em ordem, um texto que escrevi há um tempo atrás (trechos, na verdade). a história aí tem um contexto próprio que cortei aqui. se quiser ler o original clique (não achei o link, então não clique) e não se incomode com a pouca coesão que verás abaixo:



Manifesto à desordem



meu assunto por enquanto é a desordem 

o que se nega 
à fala 


o que escapa 
ao acurado apuro 
do dizer

a borra 

a sobra 

a escória 

a incúria 

o não-caber 

ou talvez 
pior dizendo 
o que a linguagem 
não disse

por não dizer 
porque 
por mais que diga 

(...) não é da linguagem 
dizer tudo

Trechos do poema Desordem, de Ferreira Gullar




Em tempos sombrios, como os nossos, questionar a ordem estabelecida não é nada aconselhável. À ordem e a seus condutores estão garantidos todo tipo de desmando. A ordem pode enganar, induzir, calar, roubar, oprimir. Mas a ordem não deve ser questionada, a pena de vir cobrar sua réplica com custos altos.

Ainda assim, surpreendentemente e corajosamente, há aqueles que questionam a ordem. Buscam introduzir a desordem, caminham pelos poros, pelos becos, e claro, mostram que há vida para além dela. Isso acontece em todo lugar.

No Brasil encontramos vários destes homens corajosos, constantemente chamados de invasores e baderneiros. Mundo a fora também não é difícil achá-los. Estão nos carros queimados na França e na Grécia, caminham juntos com os estadunidenses que não aprovam a política belicista de seu país e em muitas outras partes do planeta.

Os desordeiros sabem que no mundo da globalização, onde o fluxo de tudo – capital, tecnologia, informação – é muito rápido, as margens são largas e acomodam bastante gente. Os desordeiros se encantam com as possibilidades que a pós-modernidade oferece, como todo mundo, mas não conseguem deixar de enxergar que essas possibilidades não estão colocadas para todos. Onde se vê o luxo, os desordeiros veem exploração. Onde muitos enxergam oportunidades, os desordeiros veem desigualdade. Na telinha que entretém, veem ignorância. Na ordem aparente, os desordeiros enxergam a violência.

Por isso, constantemente, a ordem persegue os desordeiros. Porque eles não admitem a desigualdade, a violência, a exploração e a ignorância.

(...)
Os desordeiros não podem se calar, jamais. Porque a ordem traz consigo o absurdo. Absurdos cotidianos que tomam conta de nossas vidas, que nos imobilizam, enganam e oprimem. O que está colocado é a árdua tarefa de combatê-los. Os desordeiros não podem abrir mão da parte que lhes cabe, inflados pela capacidade que os seres humanos têm de edificar uma sociedade mais justa e livre.

sábado, 21 de novembro de 2009

ao som da rabeca

essa semana tava em recife, trabalhando. fui num forró rabecado, coisa rara de se achar (se vc não sabe o que é rabeca, dá um google aí). e se você nunca ouviu uma rabeca, aconselho a colocar na sua listinha de coisas importantes a fazer antes de morrer.

lá no forró não tinha cerveja nenhuma além de uma tal de nobel (é oxítona).


ruim. mas como era o que tinha, tomamos vinte delas e partimos pro hotel pra ouvir maria gadú na piscina e tomar skol.

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na ida, assisti "à procura de eric" no avião. é do ken loach (o que desencoraja um pouco). eu gostei.



pensa bem. o que te faz chorar? momentos ruins acabam em trauma e terapia. momentos bons acabam em choro e dor. c'est la vie.

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vi a quinta temporada completa de grey's anatomy. não que isso seja relevante, nem o fato de eu ter chorado horrores. é só pra dizer que não é que eu não chore. minhas lágrimas é que têm vontade própria. e o critério delas é meio duvidoso.

se eu pudesse, estipulava critérios próprios.

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na falta de talento para terminar a dissertação e para fugir do calor da casa nova tenho andado de bicicleta compulsivamente. há poucas coisas tão prazerosas na vida quanto andar de bicicleta. soltar a mão suada ao vento e ver a praia de botafogo passar na velocidade exata é uma coisa que me faz sorrir

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nada de interessante pra dizer. os últimos dias foram intensos. e isso resulta em muita escrita. mas nada que mereça um espaço privilegiado como esse. às vezes é preciso escrever para não ser lido. e escrevendo tanto para não ser lida, me deixa vazia para escrever aqui. c'est la vie.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

da fase silenciosa


toda vez que eu me mudo, de alguma forma me lembro das mudanças anteriores. é prazeroso observar como mudam as fotos que faço questão de trazer comigo e colocar logo no quarto novo; como há mais livros e que eles se tornaram mais importantes que as roupas; como os sapatos só diminuem, além do necessário tempo para se adaptar ao novo espaço. na sexta andava irritada com o chuveiro novo, agora já me habituei. meus pés se acostumam aos poucos com o novo chão e daqui há uns dias consigo abrir a geladeira sem bater em nada.

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tem um poema do pessoa que não vou procurar agora mas que diz alguma coisa assim: "chove, mesmo assim faz silêncio, porque a chuva não faz ruído, senão sossego".

é exatamente a sensação que tenho: toca um música qualquer, o teclado, o ventilador, bate uma porta, a campanhia do vizinho... mas faz silêncio, porque nada disso é ruído, senão sossego.

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relação conflituosa com o fluminense, porque tá sensacional ver a escalada do time, só que a sobrevida dele implica na degola do Glorioso. no fundo, eu não queria que nenhum dos dois caísse. fluminense tem batido um bolão. e eu gosto é de futebol.


*como me reclamaram na última, pra ampliar a imagem é só clicar nela.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

uma das coisas que ainda faltavam na minha nova residência era instalar o filtro de água. compramos uma torneira nova para a pia da cozinha, dessas que vem com o filtro integrado.

hoje acordei disposta a ajeitar as coisas e fui instalar o varal, para em seguida arrumar a torneira. tive problemas com o varal e o deixei para a tarde. ocorre que em frente ao meu prédio tem uma dessas galerias que tem de tudo, desde cortinas até jogo do bicho. rumei para a galeria em busca de um bombeiro que trocasse minha torneira. ocorre, que para meu azar, ao lado do meu prédio tem um bar (pausa para vocês acharem que em vez de ir procurar o bombeiro parei no bar e agora escrevo bêbada).

não, não parei. preciso mencionar o bar, para explicar a quem não o conhece, que é um local que frequento (meus amigos também) há muito tempo. o dono, um português teimoso, me trata com muito carinho. o garçom também é parceiro. enfim... desço eu e quando entro na galeria dou de cara com o tal português.
- minha filha, bom dia.
- opa, seu fulano.
- não foi trabalhar?
- nada. estou ajeitando umas coisas. vim aqui procurar um bombeiro para trocar uma torneira.
- ah, mas não precisa. vão querer te tirar aí 50 reais. faço isso pra você.
- é que eu quero fazer logo. não precisa se incomodar.
- faço agora.
e saímos os dois direto pro meu apartamento. perguntei se não ia precisar de ferramentas. "seu porteiro, conheço, é o fulano. pego uma chave com ele". e assim foi. pegamos a chave com o porteiro e subimos.

quando chegamos na minha cozinha, novinha, limpinha, com eletrodomésticos novinhos, o português procurou o registro, claro. porque para se trocar uma torneira é preciso fechar o registro. só que o registro estava sem a cabecinha. sabe aquela cabeça de torneira? ele não tem. o cretino do outro proprietário só pode ter arrancado e enfiado no **.

diante do problema, o português começou a tentar fechar o registro com a chave ou com um alicate. ele nem se mexeu.

pensei: ele vai levantar, vai embora, eu vou na galeria e perco 50 reais para um bombeiro que vai dar jeito. mas não. o português é teimoso. qual não foi minha surpresa quando ele suando horrores, levantou e me disse: vamos fazer sem fechar mesmo, só preciso de um pano para segurar a água. oi??? até onde eu sei pano não apara água. quem conhece o velho vai entender melhor, mas eu não tinha como dizer não, não vai fazer. ele já foi pegando um pano, encostou a porta que dá pra sala e começou a folgar a torneira. tentei, com a voz trêmula, dizer que não. mas nada. minha gente, se vocês nunca viram uma cena dessas, nunca queiram ver. quando o velho tirou a torneira foi um jato de água que eu vi projetado na minha parede e em seguida no meu fogão, geladeira, teto, armários, que me deu vontade de chorar.

como era de se esperar, o pano não aparou porra nenhuma. e quando ele conseguiu, com o dedo, segurar o jato e encaixar a torneira nova, cadê que a danada entrava? nada. devolve essa e recoloca a velha. desespero. ódio. calor. preguiça. vontade de deitar na minha cama e pedir pro mundo dá uma paradinha enquanto eu me preparo pra vida.

foi aí, recomposto e ensopado, que meu amigo português notou que tentou encaixar a torneira com o adaptador que aumenta em meia polegada o seu tamanho:
- ahh, é só desenroscar isso aqui que cabe.
- nem pensar, seu fulano. olha o tanto de água. deixa aí que vou chamar o bombeiro.

como se eu não tivesse dito absolutamente nada, ele abaixou de novo no registro para tentar fechar. desarrumou o armário, tirou prateleiras e eu enxugando a cozinha. suando como uma condenada. depois de cerca de meia hora, quando ele notou que o registro não ia se mexer mesmo:
- o único jeito é fazer de novo.
- seu fulano, por favor. precisa não.
- como não? já tá tudo molhado mesmo.

ignorei e fui ao quartinho pegar mais um pano, crente que ele ia entender a mensagem.
do quartinho ouvi um jato jato. o danado tirou a torneira de novo. dei uma olhada pela fresta da porta e vi tudo que estava em cima da bancada boiando no chão. água e mais água. teto, piso, sala, janela, porta, eletrodomésticos, meu celular... tudo molhado. dessa vez ele conseguiu encaixar a torneira. apertou tudo. pegou a pochete e saiu pingando pelo meu corredor:
- agora é só enxugar.

isso foi às 11 da manhã, amigos. agora são 13h. ainda deixei um lado do fogão meio molhado. cansei de torcer panos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

playboy ao som de fagner

ontem, quando rolou o apagão (calma, eu não vou falar do apagão) eu tava na intenção de escrever aqui sobre a playboy da fernanda young. tinha muita gente comentando das fotos (sobretudo sobre a não-depilação das partes íntimas de fernanda) e re-comentando o alvoroço que ela fez quando disse que ia posar. pra quem não sabe, explicação rápida: fernanda colocou no twitter suas dez razões pra posar nua. por exemplo: 1. salvar o erotismo da mão da breguice; 9. é a primeira vez que a coelhinha da playboy tem 8 romances publicados... e outras besteiras.

fato é que a petulância e os 40 anos de fernanda young fizeram uma boa propaganda da revista e ontem muito se falou sobre o lançamento. e daí que eu fui e baixei a revista pra matar minha curiosidade.

mas meu objetivo nem era comentar as fotos. não achei nada demais. e acho que cada um se depila como quiser. o lance do post era dizer que a coisa mais maneira da revista é que numa das fotos ela posa em cima de um livro do bukowski, o "essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo, amém". é um livro de poemas dele. achei a ideia boa. e fiquei pensando se quem compra a revista dará a mínima atenção para o mais precioso detalhe dela.

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o link pra quem quiser ver a revista, já que achei desnecessário colocar a foto: clique aqui

daqui uns 2 dias tiro o link. já tem gente o suficiente por aqui procurando videos de macacos e mulheres.

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pensando na fernanda young, a única coisa que lembro de bom dela é 'minha nada mole vida'. um seriado que passava na globo sexta, 11 da noite. vi a temporada toda. no último episódio suzana mandou uma mensagem chamando pra beber. fui e não vi o episódio. até hoje jogo isso na cara dela.

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pensando na playboy, lembrei da única que vi na vida: a da carla perez. eu morava em salvador. tinha uns 10 anos. foi um alvoroço também quando saiu. todo mundo comentava que a carla perez era uma baranga e na revista ficou gata (sem deixar de ser cafona). minha mãe não aguentou a curiosidade e comprou. pedi pra ver, pra tentar compreender essa lógica de ficar nua e os outros acharem maneiro. ela me deixou ver só as fotos da carla, rapidinho e eu não podia ler nada.

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registre-se a conclusão do dia de hoje: capilo não sabe controlar seus gastos e é bobo.

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ouvindo the clash com gosto. dei uma paradinha pra tocar um fagner.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

rapidinho, no horário do expediente



Mas deixe a lâmpada acesa
Se algum dia a tristeza quiser entrar
E uma bebida por perto
Porque você pode estar certo que vai chorar

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com essa música na cabeça o dia todo. vinícius e suas letras.
o vídeo não é dos melhores, mas tem uma bela participação de andreas kisser, que talvez compense a baixa qualidade.

domingo, 8 de novembro de 2009

um post para o domingo II

fui ao maracanã e mantendo uma tradição de anos - a baixa temperatura nos membros inferiores - meu time perdeu para o último colocado do campeonato. meu time era só o líder da competição desde a décima quinta rodada - o que comprova meu problema de baixa temperatura nos membros inferiores.

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as pessoas podiam vir com um manual de instruções. aí digamos que você começa a se relacionar comigo. sei lá, é minha vizinha, meu colega de sala, meu namorado, minha amiga... qualquer coisa. eu vou lá e te dou o manual. a vida seria muita mais simples. assim, digamos, você aprenderia rapidamente que eu não sou ciumenta, só sou possessiva, é só me dar atenção que eu fico feliz, não importando para quem você dá além de mim... por exemplo!

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não é que eu ande infeliz. mas com muita vontade de recomeçar a vida. fazer tudo de novo. recomeçar a farsa. mudar de personagem. já enjoei desse que hoje acorda todo dia, trabalha com capilo, toma uma cerveja com bodão e se diverte vendo a vida passar. querendo, sei lá, fazer um moicano; virar evangélica ou trabalhar numa padaria. mudar de personagem.


seu destino eu sei de cor

venho do show do nando reis. (nem vou explicar como fui parar lá, porque tá meio tarde. maso esquema era ingresso na mão e carona gratuita. fui)

peguei a última latinha dessas pequenininhas da skol q tinha geladeira. porque né? tá meio cedo ainda e não tem nutella.

cara, nando reis é um fazedor de hits. ele e lulu santos. os homens dos hits com refrão grudento, mensagem profunda e metáforas emocionantes. mas agora voltando pra casa, repensei isso. lulu é um homem de hits sobre as grandes questões da vida. as razões do ser, os amores platônicos, a essência do homem: a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito.

nando reis não. ele é um cara da microfísica. o cara que te pega fundo. ele tem músicas sobre a mãe, sobre a filha, o amor que deu certo, o que deu errado, o all star, o jantar e qualquer outra coisa fundamental na sua existência.

quem nunca teve um amor pra sempre cantado numa música do nando que atire a primeira pedra. e quem não aprendeu com ele que o pra sempre sempre acaba, também.

mas confesso que a minha música sempre foi marvin. gosto de muitas, claro - todas devidamente cantadas hoje. mas marvin é foda. um hit para a vida.

marvin agora é só você.

e aos treze anos de idade eu sentia todo peso do mundo em minhas costas.

pra não dizer de quando só se via carne se roubasse um frango.

salve nando!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

bicicletas sem rodinhas

tem esse blog que eu não gosto muito, mas vez por outra eu leio. não é que eu não goste da mulher, minhas ideias não batem com as dela. eu leio porque me foi indicado por uma amiga, em quem confio muito no gosto, e às vezes surge algo que vale a pena - e que debatemos, eu e a amiga, com alguma frequência.

bom, entrei lá hoje e tinha um texto que me deu até vontade de comentar. mas não vou não. preguiça de discutir com quem já parte do pressuposto de que tudo pode ser relativizado - veja bem, uma concepção relativa do conhecimento é diferente de uma relativista.

a tal senhorita em questão - eu não vou linkar porque não quero debate, quero só tratar do assunto aqui e faço referência para dizer de onde vem minha inspiração - fala sobre a não existência de manipulação nos meios de comunicação. um dos argumento, e este é o mais recorrente entre os que defendem a tese, é de que não podemos imaginar na sociedade atual que os donos dos veículos de comunicação são uns homens do mal que ficam em sua sala comendando nossas ações como titereiros ou que manipulam grosseiramente nossa consciência. é comum que os argumentos que não se sustentam na realidade utilizem do exagero, da exarcerbação. desqualifica o debate.

ora, eu também não acho que a família marinho seja um coletivo de titereiros - até porque os titereiros me são mais cativantes. mas veja bem, manipular não é impôr uma consciência, um olhar. manipular - e não precisa ser um muniz sodré da vida, que sabe a origem de todas as palavras da língua portuguesa de cabeça, basta olhar no houaiss - é influenciar, adulterar, tudo para servir a interesses. pode ser também, claro, manusear os fatos, as informações, os dados conseguindo que o outro se comporte de uma dada maneira.

pensemos. o que faz a folha de são paulo quando publica na CAPA uma ficha falsa da dilma? influencia? adultera? consegue que boa parte da opinião brasileira - ainda que por um tempo, atenção; e outra grande parte para sempre - se comporte (pense) como ela planejou? aqui algo relevante para se tomar em conta: a folha publicou CONSCIENTEMENTE uma imagem falsa.

chamem meu pai aqui e perguntem pra ele se ele já não viu a foto da ficha da dilma? ele afirmará com a sinceridade e a certeza que só os homens de um caráter tão bem moldado como ele afirmariam: SIM. meu pai não mente. é bem informado. tem título de doutor. uma escrita primorosa. fala inglês, francês e espanhol.

se isso não é manipulação, eu não sei o que é.

mas aí dirão: ah, seu pai é desinformado. caramba! o cara lê o jornal mais importante do país. o jornal que todo empresário e político desse país tem em suas mão diariamente. chamem meu velho e ensinem como se informar, porque eu não tenho dúvidas que ele pensa que o faz diariamente.

a questão está aqui: a folha tem um alcance e uma credibilidade que apenas as empresas de comunicação do seu nível (em capital e grandeza) podem alcançar. não me venha o blog do nassif dizer que a foto da dilma não é a foto da dilma. quem pauta o debate é a folha. quem diz o que vai se falar amanhã de manhã no balcão do botequim são os frias e os marinho.

há excessões? claro que há. porque a dinâmica social não é um todo monolítico. otávio frias não é titereiro. e meu pai não é bonequinho. há disputa. até porque se não houvesse, meus caros, podíamos entregar os pontos e curtir a bárbarie. a vida não teria o menor sentido se não houvesse disputa. a isso, eu chamo luta de classes. mas há outros nomes por aí. o fato de haver momentos em que nessa disputa triunfe a verdade (palavra proibida: verdade, que verdade?), como no caso da dilma - não EXISTE ficha no dops, isso é fato, é verdade - não quer dizer que não há manipulação. a manipulação é o ato de adulterar, forjar e provocar com isso o comportamento alheio - vejam papai.

engraçado é que a blogueira por mim citada diz que não se pode falar em manipulação, mas sim em influência. interessante jogo de palavras. manipular não pode, é ideológico, do mal, sectário. influenciar sim, não há dúvidas. no mar de contradições ela diz que o que a mídia faz é construir realidade. de acordo. só que eu não tenho dúvida de que a realidade existe, ela está aí. pergunta pros meus camaradas lá da maré se o caveirão é uma representação? chama os 18 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza e pergunta se tem como deixar de sentir fome atribuindo outro sentido à realidade? senta no fasano e pede um prato de 600 reais, quando o cara vier cobrar entrega uma nota de 10 e explica pra ele que o valor que você atribui àquela nota é de 700, porque a verdade não existe.

existem dois caminhos para os meios de comunicação: ou eles retratam a realidade, dão vazão à ela, mostram a vida social, ou eles "criam uma realidade"- como fez a folha com a ficha da dilma - e isso é manipulação, basta ler um dicionário, nem precisa estudar comunicação.

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ando cada dia mais chata com esses assuntos, eu sei. por que falar em pobreza? violência? exploração? hoje, manipulação?

coisa mais sem sentido. por que?

um exercício pode ser olhar pela janela, a não ser que você viva como uma toupeira (debaixo da terra) as razões vão saltar na sua cara.

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faveleiro, queria te responder por aqui, mas esse texto acabou ficando longo e agora minha cabeça já fervilha pensando em comunicação, manipulação e nojo do meio em que estudo.

de todos modos: não me leve tão a sério. não sou do tipo que manda recados, ainda mais por vias assim.

clê, certa de que nem sempre é bem lida

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o título é lembrança de uma amiga querida com quem um dia conversava sobre temas parecidos e ela rindo, entre uma cerveja e outra, me disse:
- você não se sente feliz quando pensa? quando vê as coisas assim mais claras?
respondi que sim. ela:
- é como andar de bicicletas sem rodinhas, não acha?

de bodão pra clê

recentemente bodão presenteou clementina com uma panela de pressão. não qualquer panela, mas uma autêntica Rochedo, e com alumínio extraduro. que fique claro que ele, em momento algum, com o presente, teve intenção de dizer que lugar de mulher é na beira do fogão: "olha só filhão, essa panela eu que vou usar. é só me convidar que eu faço um caldo responsa, parceiro!". Vale lembrar que no embrulho (teve até embrulho), tinha lá um DE: Bodão PARA: Clementina. Uma gracinha...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

sinal de trânsito para tucanos

Retirado do AbundaCanalha

Depois da polêmica ilustração no Globo para o artigo de FHC, da contribuição do Esquerdopata, segue minha sugestão gráfica para guiar os passos das aves bicudas, que passam por momento de grande dificuldade de direção. Peço desculpas pelo uso do inglês, é que esse pessoal só obedece a ordens nesta língua.

para onde vamos?


eu podia falar aqui do artigo que o FHC publicou no domingo no globo e no estadão. podia passar horas falando que ele ataca o lula evocando "bons costumes" - sem se 'lembrar' do filho fora do casamento que ele tem com uma conhecida jornalista brasileira. podia comentar da cara de pau do homem que MUDOU a constituição para ser reeleito - porque não impor que a mudança valesse a partir de seu sucessor? -, evocando os valores democráticos e dizendo que lula tem sede de poder. ou ainda falar do absurdo, sem pé nem cabeça, que é ele RECLAMAR da gestão que o governo faz junto a Vale, a maior empresa brasileira, por ele privatizada - num dia em que o jornal nacional deu 4 minutos para o parto de xuxa e 45 segundos para o leilão. ora, se tem uma coisa no governo a ser parabenizada é isso: no auge da crise, o presidente chamou junto o presidente da vale e exigiu o fim das demissões. enfim... a falta de qualquer senso de realidade ou democracia de FHC daria pano pra um manga, colarinho e gravata.

mas eu queria falar mesmo é do jornalismo porco, tosco, grosseiro e desrespeitoso. reparem na ilustração que o globo usou na sua publicação. reparem na 'brincadeira' com a mão que parodia o defeito físico do presidente. até a ironia com a língua inglesa me passa, mas o lance da mão é inaceitável.

eu edito fotos diariamente para irem ao ar numa página que é lida por 6 dúzia de gatos pingados, se comparado com o globo. nosso critério primordial é sempre prezar por aqueles que são expostos, seja na foto, seja no texto. eu não coloco uma criança brincando num balanço feliz e sorridente se o texto fala de uma mãe que teve seu filho assassinado. evitamos expor as fragilidades e as dores da pessoas que retratamos. é assim no meu trabalho e num é faculdade que ensina isso. a gente aprende diariamente como pode ser cruel expor os outros. mais cruel ainda é se o escárnio pessoal passa para as páginas dos jornais. pior: se ele é usado no debate político.

os meios de comunicação são a principal arena do debate público. ora, como colocar para debater os 190 milhões de brasileiro, senão via imprensa? não dá pra colocar todo mundo num vale com direito à fala e à voto como faziam os gregos. só que os espaço público do debate é privado. veja que ironia. e como tudo que é privado serve a seu dono. ou você acha que levo caixas de som e ligo no meu ipod no ônibus para a galera ouvir também? ele é meu. e a mim ele serve. no máximo, empresto pra minha irmã, em quem confio e de quem utilizo favores - eu empresto, ela empresta.

é assim que funciona a vida. eu sou os marinho, meu ipod é o globo e FHC é minha irmã. interesses regem o mundo.

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vou falar pela enésima vez pra já me blindar de críticas. eu não estou defendendo o lula. só estou condenando o FHC, figura morta na política hoje, de quem aécio já avisou que quer distância e que o serra está evitando claramente. único ex-presidente que dedica seu tempo à acusar seu sucessor - reparem em itamar, por exemplo, ou resgatem os anos que se seguiram a sarney.

volto a dizer: as críticas a lula são infinitas. mas não serão feitas pelos tucanos ou pela direita em geral. não serão porque eles não têm interesse em criticar aquilo que fazem igual. ou você já viu FHC falando de reforma agrária? já o viu comentando sobre a queda na pobreza no país? o que fez FHC com as favelas em 8 anos de presidência?

essa merda não vai mudar tão cedo. mas eu não vou deixar de reclamar mesmo assim. ainda mais diante de algo tão rídiculo e gritante como a plaquinha de STOP do The Globe - este periódico norte-americano que uma tradicional família brasileira imprime no rio de janeiro.

eu sei que pensar não é uma coisa muito na moda. em tempos que intelectual é xingamento e o bom mesmo é mandar tudo à merda - como se pudéssemos mandar tudo à merda, sem que a merda voltasse para nós em forma de violência, trânsito, inflação poluição etc. ihh me perdi. ah sim, ia dizer que se não for pedir demais, pensa bem antes de comprar o jornal. pensa antes de reproduzir o que você lê nele - meus ouvidos já tão cheios dessas merdas.

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favelereiro, não que eu lhe deva explicações, mas se você soubesse do esforço sobrehumano (tudo junto, com hífen? tá estranho) que fiz para estar na Ilha no sábado você não me chamaria de sulista.

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um dia você vai receber uma carta misteriosa. isso é legal: http://www.mysteriousletters.blogspot.com/

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o calor que fez nessa cidade hoje me fez imaginar se na verdade nós já não morremos e estamos desfrutando de uma bela estadia no inferno.

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vou voltar pro poderoso chefão.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

para cada suspiro um amor. para cada amor uma dor.

o acordo era cada um fazer um post hoje. eu, bodão e capilo.

aqui vai o meu.


algo por aqui, depois de algumas cervejas por lá

Alguma coisa. Como assim alguma coisa? Qualquer merda, pô, mas tem que postar assim que chegar em casa. Porra, então vale um “alô” no blog e pronto. Até pode ser, vai ser uma merda, mas fazer o que se você é um merda?

Assim foi o diálogo amistoso iniciado com clê e terminado (não tão amistoso assim) com bodão. Mas cá estou eu, escrevendo algo além de um alô, pra evitar ser chamado de um merda amanhã.

Na verdade o post surge hoje, no Ramos (grande Ramos), com presença de bodão, clê, bebudo e muito mais. Antes de sair às pressas (por conta de um irmão que sempre esquece de trazer a chave de casa e sou obrigado semanalmente a vir pra casa cedo pra abrir a porta pro sujeito), tive que pegar as garrafas (vazias, apenas nove) na casa de clê pra devolver na maré (isso de quinta passada) pra entrar logo no carro (saí pra almoçar romanticamente, sem pretensões alcoólicas, mas não tive opções) e vir pra casa. Mas vamos lá.

Cá estou, meu irmão no vizinho até agora (depois de dez minutos por aqui), nem pensou em entrar em casa. Só aumentou minha irritação, já que podia ter ficado mais tempo no ramos, ao invés de ter me preocupado em sair correndo. Pior do que isso é ele dizendo que eu não deveria ter pressa. Mas fiquei sabendo do problema (?) dele por conta de meu pai, ligando preocupado, dizendo que ele estava na rua. Saí meio correndo, e ele até agora sem pressa nenhuma. Mas vamos lá.

Não é a primeira vez que o sujeito chega sem chave. E pela despreocupação dele, duvido que seja a última. Não é a primeira e nem a décima, já se passam de 20. Fora as vezes que estou junto, e com chave no bolso, que não contam. Mas vamos lá. De reclamar de irmão já chega.

Bodão, nosso anfitrião do blog (teve assunto aí de falar que o blog foi criado coletivamente, que foi num momento específico na cidade do Rio de Janeiro, que criamos juntos, etc., tudo mentira. Quem criou esta joça aqui foi bodão (a culpa é dele!). E inclusive custou a abrir mão dos privilégios destinados a criadores de blogs pelo Google. Não que eu tenha problemas com ele por isso, mas já tiveram. Nem sei se ainda não o tem, mas vamos lá.

Ramos. Pouca novidade. Mas estávamos lá clê, bode e eu. Plena segunda-feira (tudo bem que era feriado, mas...) bebendo (aí que mora a novidade (rá!)) e conversando. bodão calmo, clê serena e eu mais calmo e sereno que os dois juntos. O Chico que deu uma dormida e todos o compararam a mim, há daqui uns 20 anos. Dormir tenho as manhas, é verdade. Dos três (sem contar o F A V E L E I R O, pelo menos), sou o que durmo sem rivotril ou remédio pra alergia. Umas oito cervejas e cama fácil (hoje está sendo diferente, depois de mais de 30 no Ramos, fui obrigado a escrever alguma coisa por aqui. Perdi o sono. Pelo menos até terminar isso. Estou falando de dormir, porque dormir em mesa de bar é comum pra mim. As pessoas estranham, mas é normal a gente acordar e estar pronto pra mais uma cerveja (quando não pra mais). Deixem eles estranhando, mas é uma forma de descansar trabalhando. Mas vamos lá.

Falando em vamos lá, estou imaginando esse povo, muito mais guerreiro do que eu, ainda no Ramos, lamentando por que o Tinoco começou nesse momento a lavar o chão da casa. Lamentável. Não (mentira!) queria estar lá pra ver essa cena (pela enésima vez). Mas depois de escrever absolutamente nada por aqui, não sei se durmo ou se fico aguardando ou um ou outro postar alguma bodega, pra não ficar curioso no meio da noite. Se é que vão escrever alguma coisa. Boa noite que o sono chegou!

domingo, 1 de novembro de 2009

post de domingo


deixei a fadiga (aka mau-humor preguiçoso) de lado e fui ver bastardos inglórios. fui num cinema perto de casa, praticamente de pijamas e quase levo meu pote de nutella junto. inclusive, lembrei porque não vou ao severiano ribeiro: o som é horrível. estourou o filme inteiro.

ma voltemos ao filme. é genial. gostei muito. eu não diria que é meu favorito do tarantino porque kill bill 1 reina no meu coração. mas, se um filme será uma obra prima (como conclui o tenente aldo - personagem de brad pitt na cena final) só o tempo pode dizer. de todos modos, é um filme que eu quero ver de novo. ele tem muitas referências, a muitas coisas. na trilha, nos diálogos, nas cenas, nos nomes dos personagens... não dá pra pegar tudo na primeira vez.

quem não viu já deve saber, mas vamos lá: o filme é sobre um grupo de judeus que forma tipo uma guerrilha para matar nazistas na frança ocupada, durante a segunda guerra. esse grupo é liderado pelo tenente representado por brad. em paralelo, há a história de uma judia, que é dona de um cinema em paris. e ligando tudo e todos há o excepcional personagem de christoph waltz, um coronel nazi bem sagaz. a trama: jeseph goebbels (sem paciência pra dar google), ministro da propaganda de hitler, decide fazer o lançamento de um de seus filme no cinema da judia - sem saer que ela é judia, claro. os bastardos decidem atacar o cinema. a judia também. todos na esperança de matar os cabeças da alemanha nazista.

muito sangue. muito. umas cenas horrorosas - pelo menos para mim que não gosto nem de OLHAR para uma seringa. em vários momentos fechei os olhos. mas já sabia que seria assim. tarantino é o único diretor que me faz ir ao cinema para ver sangue jorrando e cabeças serem escalpeladas. sim, esse foi o primeiro filme dele que vi no cinema - faz alguma diferença.

e por que genial? pelos diálogos que são rápidos, inteligentes e com dose certa de sarcasmo. a primeira cena é uma das melhores que eu já vi na vida. o diálogo é fantástico, o som, as expressões... mas é genial também pela trilha - que como sempre faz referência a vários filmes. é genial porque waltz em seu papel de coronel caçador de judeus está muito bom - todo mundo tá dizendo isso. tem ainda o fofo do daniel bruhl (adeus lênin, edukators), que adoro. e cara, o argumento é muito bom - e nada fiel à História, o que o torna excelente. o tom pouco cuidadoso com que ele trata os nazistas, as caricaturas dos personagens e claro, a sagacidade e crueldade dos judeus - que causam um prazer indescritível. é um filme original também, os personagens fogem do senso comum: o judeu não é coitado, hitler não é O ESPERTO e os alemães... bom, a eles a ignorância do nacionalismo e a crueldade da supremacia.

um filme que DEVE, precisa ser visto.

só uma coisa que me incomodou: achei brad pitt exagerado. em especial na cena do médico de cachorros e na do urso judeu. perdeu a mão no sotaque e na franzida da testa.



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hoje acordei foi com vontade de rever o poderoso chefão. vou ali ficar imitando a boca de don corleone de frente pra tela.

bom feriado.

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mas antes, pra vocês que não têm o dvd do poderoso chefão, deixo isso aqui:



o que de melhor a música brasileira já produziu.