... eu sabia que a Clê não ia transcrever direito meus versos...
ztudubem... também tô bebim que só vendo...
(ah, e eu aproveitei pra fazer pequenos arranjos...)
Então lá vai:
hai kais de bêbado no chão
você quer que eu escreva agora
uns versos de bobeira
assim feitos na hora
oito da noite, quarta-feira
eu respondo: pera lá!
que inspiração demora
mesmo quando de bobeira
mas se é só para rimar
eu não vou contrariar:
mas eu quero a saideira!
***
se nunca te escrevi
não foi por falta de assunto
é que o papo só faz sentido
sentindo
você
junto
***
e agora vai outra que fiz ontem depois de assistir uma cena de um filme...
devaneio limítrofe da existência esvaída
aqui estás
inerte em meus braços
onde a presença invertida da morte grita
ausências de respirações e batimentos
aqui já não estás
mas
inerte em meus braços
sem verbos próprios jaz
a lembrança de tudo o que houve
e o que não houve
antes
aqui não estás
mas
em meus braços já te decompões
e
não fosse a estranha frialdade seca da pele
de olhos fechados
eu bem poderia pensar-te dormindo
[e tu bem poderias despertar
num susto meigo e felino
limpar a saliva ressequida na borda dos lábios
arrumar travesseiro e cobertor e posição
segundo necessidades térmicas de pouso
e novamente adormecer
buscando retornar ao mesmo sonho]
Rodrigo Bodão
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3 comentários:
Pooooorra brother! sai assim facil?
Quem me dera... Muito bom...
Obrigado Wlado.
na verdade, escrever não meé tãofácilassim. como eu falei com Cl~e neste dia mesmo, naquele momento, eu escreveria sobre qquer assunto. mas o que houve foi que na véspera eu havia sido fisgado pela inspiração. escrevi a poesia sobre a morte e continuei sob efeito alguns dias.
se fosse hoje, era capaz de não sair absolutamente nada.
ou não.
sei lá.
mas não é sempre assim não.
Hai Kai de bêbado é o que há! Bjs
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