quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Sobre a ausência (para Clê) (ou não) (TOMARA!)

Clê...

esses teus versos quentes sobre a ausência me remeteram a essa poesia do mineiro de Itabira que divaga no posto 6 de Copa (apesar de não ser fâ de praia, ao que me consta).

São versos frios e resignados... diferentes dos teus... mas lindos como (sei lá) o quê...

AUSÊNCIA

Carlos Drummond de Andrade


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

3 comentários:

Clementina disse...

Êêeeehhh!! Ele voltou! Já era hora e esse blog pesava em minhas costas. Capilo e Faveleiro andam ausentes.


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Sobre a ausência: acredite, o poema do Drummond já foi usado em outro momento. Ausência é algo recorrente, nesse caso. Mas, vidas que seguem...

Vitor Castro disse...

vcs intimidam...

Clementina disse...

Não entendi....intimida como? somos emotivos, intensos
heheehhe!
beijos