terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Já que ninguém escreve nada...

Esse blog anda caindo das pernas. O surpreendente é que mesmo assim ainda temos leitores, visto que este contador aqui do lado não pára. Ok. Não são 100 leitores por dia, nem 10. Digamos que sejam 3. Fato é, que todo dia alguém entra aqui. Ok. Podem ser os próprios autores. Mas, fiquei pensando: Faveleiro não entra mesmo, porque não quer nada; Bodão se entrasse, escreveria; Capilo nem entra no blog, porque vive ocupado com seu outro blog e sua minúscula cidade onde sonha ser prefeito ou secretário de cultura, quem sabe. Daí, conclui que há pelo menos duas pessoas que acessam esse blog. Pessoas queridas, este post é pra vocês.

_________________


Há uns dias atrás eu falava em ausência. Lamentava a ausência. Chorava a ausência. Nada como encontrar a ausência e ver que ela não tem nada demais. Pior, tá feio, gordo, mal cuidado e pegando barangas. Para a ausência bem vivida e bem passada, Carlos Drummond de Andrade:

No mármore de tua bunda

No mármore de tua bunda gravei o meu epitáfio.
Agora que nos separamos, minha morte já não me pertence.
Tu a levaste contigo.


________________


Mas, nem só de ausências e lamentações se vive a vida. Há também o riso, a paródia, a alegria e a cachaça, é claro. Estamos há poucos dias das celebrações momescas. Sendo assim, deixemos de lado a vergonha, as incertezas, a dignidade (aqueles que ainda tem, claro) e nos juntemos a Momo na festança da carne e da folia.

MÁSCARA NEGRA
(Zé Keti-Pereira Mattos, 1966)
Quanto riso oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval

2 comentários:

Anônimo disse...

Sabendo da identidade secreta de Capilo, venho aqui rebater mais uma vez o comentário ofensivo e desinformado da senhora Clê.

O mais engraçado é que por utilizar o pseudônimo de Clementina, deveria exaltar esta "minúscula" cidade, que na verdade também é um município (segundo maior em extensão territorial do Estado do Rio, berço de grandes artistas e de algumas das escolas de samba desta mega metrópole e por aí vai).

Espero que a "minúscula cidade" seja um conjunto de palavras que não representem o pensamento da autora por uma localidade menos importante, menos desenvolvida e pormenorizada pela "cultura cosmopolita superior" da cidade grande.

Abraços interioranos, valencianos e orgulhosos de ser da terra de Clementina de Jesus, Rosinha de Valença, do Quilombo São José, das Folias de Reis, do Caxambu, das resistências e lutas contra a escravidão e dos massacres indígenas...

Clementina disse...

hahaha, é apenas uma brincadeira com meu querido capilo. a intenção nunca foi desfazer de valença, mas cutucar meu parceiro de blog que anda ausente. sei que criticar a cidade que lhe é tão cara, é algo que o incomoda.

e você anônimo, tira essa "máscara negra que esconde teu rosto" e vem brincar com a gente...