segunda-feira, 16 de junho de 2008

curtinhas

Alguma coisa já me dizia na manhã de ontem que o jogo da seleção não seria propriamente uma diversão para a tarde de domingo.

Primeiro, de saída, já se me impunha a lembrança dos últimos vexames dessa seleçãozinha blasé e meia bomba. Somado a isso, algumas declarações dos jogadores que consideravam o empate um grande resultado.

Pois é, quem entra pensando em empate quase sempre acaba perdendo. O futebol não perdoa nem salto alto nem covardia.

Mas foi feio demais. Uma seleção acuada, na retranca, sem imaginação nem vontade, sofrível. Um vexame, menos pela derrota em si, pois faz parte e a seleção do Paraguai também não é ruim, pelo contrário. Um vexame pela postura da seleção que, desse jeito, fica difícil chamar de brasileira.

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Ainda na deprê futebolística agravada pelo temporal que desabou ontem à noite, assisti um programa interessante no Canal Futura. Chama-se "Por que democracia". Neste episódio, houve a exibição de dois pequenos documentários, um sobre uma espécie de Cid Moreira numa espécie de TV Globo sul-africana, e um outro sobre uma galera italiana que toca uma Tv independente.

Bem, os dois vídeos foram legais, mas o primeiro me chamou mais a atenção. Nele, esse tal apresentador justificava, ou tentava justificar, uma posição neutra, imparcial, quando ele lia as notícias independentemente da veracidade do que se noticiava. Dizia procurar imprimir o maior grau de credibilidade possível ao narrar o que lhe era passado mesmo sabendo da censura existente e da manipulação das notícias, afirmando se tratar de uma postura profissional. Acrescentou ainda que caso se negasse a agir assim, inevitavelmente seria demitido e não encontraria outro meio de ganhar dinheiro.

Bom...

Como diz a Clê, somos todos explorados... Mas confesso que não consigo entender bem essa ética profissional. Só posso concluir que a liberdade de imprensa é um conceito nebuloso.

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Policiais, bombeiros e militares integrantes de milícias jogando bombas em delegacias por ordem de vereadores, torturando moradores e jornalistas, militares espancando e negociando jovens com quadrilhas de grupos rivais, delegados sofrendo atentados, sendo assassinados e ameaçados por outros policiais, fiscais da receita federal facilitando a passagem de cocaína em capas falsas de livros infantis, lins, inhos e batmans...

Dá pra imaginar como podeira ser uma possível parceria entre Bezerra da Silva e Raul Seixas:

"arrá-rá,
quando acabar, o bandido sou eu..."

Um comentário:

Clementina disse...

muito bom a parceira Raul - Bezerra. hahaha