quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

e se depois, amanha nao sobrar nem hoje
e se hoje, pensando bem, ja eh amanha
de manha
pior que ontem...
e se a falta de acento e crases fassam uma cedilha circunflexa no meu peito
e se nada eh direito e tudo eh torto
e se eu estiver morto...
e se nao sobrar nem verbos que traduzam e comuniquem minha partida...
quem vai saber que eu fui....

precavido que sou, vos aviso:
jah estou indo...

porque vontade mesmo
daquelas que injeta sangue nas pernas e vontade de correr

de viver
jah nao tenho...

Um comentário:

Clementina disse...

todo poeta que se preze fica muito bom quando está pior. é uma mistura de orgulho e... sei lá, essas coisas de quem gosta e cuida.