tu dizes aos quatro ventos
que de agora em diante
haverá de ser outro
diferente
mas nem tu mesmo acreditas nisso
e por mais que negues
aos teus amigos moderninhos com barbas por fazer
e outras alegorias
que nâo se trata
agora
de mais uma historinha
das que estás habituado
a persuadir as audições mais pueris
e úmidas
mais
uma
de tantas
outras
estórias
por mais que cegues
os que procuram ver saídas
entre as diversas entradas
com quase-placas dizendo
no way out
nem rotas de fuga
propagas o medo
e a crença
que é por aí
que está bom
“chega ae!!!”
não
tu não consegues mais
com esse sorriso pálido
dissuadir a tempestade
persuadir os entreatos atônitos
e vocábulos bêbados
que se encharcam cotidianamente
no esgar estúpido
de uma massa
imensa
enganada
por livre e espontânea malevolência
e egoísmo escroto
do que
quem sabe
poderia ser refúgio
ou saída
para todos
- se é que
‘todos’
existe
aaaaaaahhhhh
tudo bem
não me entendes
então façamos assim:
dá-me um dinheiro
ou uma garrafa
cheia
lógico
e te revelo a forma
como se dribla
o inexorável...
sim
eu sei
melhor que tu
- até porque
o sentido
e o significado das palavras
nunca foram teu forte
morte,
entendes?
sorte?
tem um preço,
lembras?
duvido
duvido que entendas isso
como aliás,
tudo na vida
dizes não
haver sentido
nenhum na vida
ora...
não foi isto que ensinaste
a mim e aos teus
(que havia,
e mais,
que sabias??)
quisera eu ter uma Glock PT380
para fuzilar tua pusilanimidade
e ver tua vida esvaindo
ao mesmo tempo em que
soluças
essas palavras
incompreensíveis
em meio ao sangue que te engasga
e sufoca
talvez
as únicas palavras
raras
que em toda tua vida
fizeram
algum
sentido
foda-se!!!!!
perdão é o caralho!!!
morra!!
pode deixar...
após teu último suspiro
rezarei um pai nosso
e darei graças a Deus
enquanto me sirvo com mais uma dose de whisky barato
e digo para minha mulher ao telefone
que já estou indo pra casa
sábado, 16 de maio de 2009
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