domingo, 1 de novembro de 2009
post de domingo
deixei a fadiga (aka mau-humor preguiçoso) de lado e fui ver bastardos inglórios. fui num cinema perto de casa, praticamente de pijamas e quase levo meu pote de nutella junto. inclusive, lembrei porque não vou ao severiano ribeiro: o som é horrível. estourou o filme inteiro.
ma voltemos ao filme. é genial. gostei muito. eu não diria que é meu favorito do tarantino porque kill bill 1 reina no meu coração. mas, se um filme será uma obra prima (como conclui o tenente aldo - personagem de brad pitt na cena final) só o tempo pode dizer. de todos modos, é um filme que eu quero ver de novo. ele tem muitas referências, a muitas coisas. na trilha, nos diálogos, nas cenas, nos nomes dos personagens... não dá pra pegar tudo na primeira vez.
quem não viu já deve saber, mas vamos lá: o filme é sobre um grupo de judeus que forma tipo uma guerrilha para matar nazistas na frança ocupada, durante a segunda guerra. esse grupo é liderado pelo tenente representado por brad. em paralelo, há a história de uma judia, que é dona de um cinema em paris. e ligando tudo e todos há o excepcional personagem de christoph waltz, um coronel nazi bem sagaz. a trama: jeseph goebbels (sem paciência pra dar google), ministro da propaganda de hitler, decide fazer o lançamento de um de seus filme no cinema da judia - sem saer que ela é judia, claro. os bastardos decidem atacar o cinema. a judia também. todos na esperança de matar os cabeças da alemanha nazista.
muito sangue. muito. umas cenas horrorosas - pelo menos para mim que não gosto nem de OLHAR para uma seringa. em vários momentos fechei os olhos. mas já sabia que seria assim. tarantino é o único diretor que me faz ir ao cinema para ver sangue jorrando e cabeças serem escalpeladas. sim, esse foi o primeiro filme dele que vi no cinema - faz alguma diferença.
e por que genial? pelos diálogos que são rápidos, inteligentes e com dose certa de sarcasmo. a primeira cena é uma das melhores que eu já vi na vida. o diálogo é fantástico, o som, as expressões... mas é genial também pela trilha - que como sempre faz referência a vários filmes. é genial porque waltz em seu papel de coronel caçador de judeus está muito bom - todo mundo tá dizendo isso. tem ainda o fofo do daniel bruhl (adeus lênin, edukators), que adoro. e cara, o argumento é muito bom - e nada fiel à História, o que o torna excelente. o tom pouco cuidadoso com que ele trata os nazistas, as caricaturas dos personagens e claro, a sagacidade e crueldade dos judeus - que causam um prazer indescritível. é um filme original também, os personagens fogem do senso comum: o judeu não é coitado, hitler não é O ESPERTO e os alemães... bom, a eles a ignorância do nacionalismo e a crueldade da supremacia.
um filme que DEVE, precisa ser visto.
só uma coisa que me incomodou: achei brad pitt exagerado. em especial na cena do médico de cachorros e na do urso judeu. perdeu a mão no sotaque e na franzida da testa.
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hoje acordei foi com vontade de rever o poderoso chefão. vou ali ficar imitando a boca de don corleone de frente pra tela.
bom feriado.
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mas antes, pra vocês que não têm o dvd do poderoso chefão, deixo isso aqui:
o que de melhor a música brasileira já produziu.
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Um comentário:
Tudo bem que te incomodou os exageros do sotaque de Pitt, mas aquela cena em que ele força um italiano, não tem preço! Ninguem filma cenas violentas, com sangue jorrando e carnes dilaceradas tão bem como Tarantino.
Em tempo: o que eu disse na quinta a respeito dos deslocamentos do vizinhos sulistas? hein?!
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