Pois é... até que enfim...
Já fazia muito tempo que eu não postava nem escrevia nada que prestasse.
Pior, nem me dava ao trabalho(toc, toc, toc).
Mas ontem, numa aula na Uerj, durante um devaneio, nasceu esse desvario:
Pequenas Megalomanias
quando pequeno
sonhava ser artista
e ria tarde e noite afora
deitado num colchão de aplausos
vez por outra
flagrava delírios de entrevistas
num teatro improvisado
em fantasias de menino
hoje prefere o silêncio
de paisagens impressionistas
que a brisa apronta
quando menos se espera
diz contentar-se
com o aplauso de amigos
familiares
amantes
e bêbados ocasionais
mas
vez por outra
durante o banho
no meio
de um pileque
ou do caminho de volta pra casa
ainda se flagra gesticulando
altivo e imponente
em insondáveis colóquios marejados
por não sabe bem que coisa é essa que se dá
êta prosa maluca sô
ao poeta
sem métrica nem beira
sobrevivente
de naufrágios não vividos
resta
uma lembrança doce
de tudo aquilo
que poderia ter sido
se fosse
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