Mas o que escolhi pra postar aqui, é um poema do Glauco Mattoso que me lembrou o meu caro Bodão e outros tantos visitantes bebuns desse blog.
soneto do crime famélico
a câmera indiscreta e patrulheira
que há no supermercado, fotografa
os passos do moleque que se esgueira
por entre as prateleiras e as "abafa"
o jovem ladrãozinho faz a feira:
biscoitos, doces, balas... a garrafa
de uísque não lhe escapa à mão certeira!
minutos mais, e o jovem já se safa
detido na saída, foi levado
ao próximo distrito. o delegado
pergunta-lhe: "se é fome, por que uísque?"
o cínico ladrão nem titubeia:
sabendo que não fica na cadeia,
responde: "só por pão, tem quem se arrisque?"
a câmera indiscreta e patrulheira
que há no supermercado, fotografa
os passos do moleque que se esgueira
por entre as prateleiras e as "abafa"
o jovem ladrãozinho faz a feira:
biscoitos, doces, balas... a garrafa
de uísque não lhe escapa à mão certeira!
minutos mais, e o jovem já se safa
detido na saída, foi levado
ao próximo distrito. o delegado
pergunta-lhe: "se é fome, por que uísque?"
o cínico ladrão nem titubeia:
sabendo que não fica na cadeia,
responde: "só por pão, tem quem se arrisque?"
Eu não me arrisco.
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Ando ouvindo muito forró. Estranho e sintomático. Essa saudade do agreste que não passa. Daí começa a chover freneticamente no Rio. Tudo alaga. A cidade fica horrorosa, os cariocas andam de ônibus com janela fechada e tiram casacos do armário. Dá mais saudade da terra seca. Lá quando chove é sinal de bons ventos.
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Ando ouvindo muito forró. Estranho e sintomático. Essa saudade do agreste que não passa. Daí começa a chover freneticamente no Rio. Tudo alaga. A cidade fica horrorosa, os cariocas andam de ônibus com janela fechada e tiram casacos do armário. Dá mais saudade da terra seca. Lá quando chove é sinal de bons ventos.
Um comentário:
prefiro a piauí. ir-ri-tan-te-men-te feliz. não eu, a revista.
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