Eu andava querendo fazer um post sobre amor ou sobre relacionamentos, sei lá. Na semana passada, encontrei duas pessoas que me repetiram a mesma frase: “a pessoa da minha vida”. Isso me chamou a atenção.
A primeira foi uma menina, às 3 da matina, que havia se desencontrado do ‘homem da sua vida’ no lugar onde estávamos e não podia sair a procurá-lo enquanto não resolvesse o problema da perda de sua comanda com o gerente. Tudo bem, ela parecia meio louca, saiu perdendo tudo durante a noite, mas vocês não têm idéia de como ela afirmava que o cara era o homem da vida dela: olhos firmes, brilhantes, mãos rígidas e gestos rápidos enquanto me explicava, falava sem titubear e com uma satisfação que (quase) me deu inveja.
Dias depois a moça que faz minha sobrancelha terminou de me contar a história que havia iniciado no mês anterior. Ela foi casada com um cara por 7 anos e separou-se porque descobriu que ele tinha outra. Há 10, ela é amante desse mesmo cara, sendo que ele continua casado com aquela que outrora foi a outra. Explicação dela? ‘Homem da minha vida’.
Como eu disse, eu andava querendo escrever sobre isso. Mas agora a inspiração meio que passou. Relacionamentos não é lá um setor do qual eu entenda muito e ‘pessoa da minha vida’ é um crédito o qual eu imaginei que conferiria apenas à mamãe. Só que ainda tenho pensado, lembrando das duas mulheres e sua certeza em relação a seus homens. Tenho pensado também em como certezas sempre trazem incertezas grudadas nelas.
Viver as certezas e aceitar as incertezas talvez seja um caminho a ser percorrido por todos. Afinal, no fundo, não será o encontro com o ‘máximo denominador comum’ ou a sorte de um ‘amor tranqüilo’ o que nós desejamos? Tranqüilo, não eterno.
Esporte interessante a sinuca, vocês não acham? O único esporte para o qual a preparação requer consumo de cerveja. Não precisa acordar cedo; exige pouco esforço físico; pode fumar, se o ar condicionado do bar estiver desligado; e se cansar, senta um pouquinho e dá uma golada.
Ando viciada em sinuca. Quanto mais jogo, mais me dá vontade de jogar (claro, se é um vício). Tenho jogado sempre às quartas, num bar em Botafogo. Acho ótimo, porque quarta sempre foi um dia meio morto. Segunda é chato. Terça dá uma animada, porque passou a segunda, você até trabalha com gosto. Quinta é dia de profissional: matar trabalho pra ir à praia; sair à noite, afinal ‘amanhã é sexta’.... Sexta e sábado nem preciso dizer. E domingo é o dia da saideira. Já a quarta coitada, não tem nada. Você fica no resto na animação de terça e ansioso pela quinta (só salva se tiver futebol). Mas agora as quartas têm a sinuca!!!
Ontem eu fiquei escutando Raul Seixas. Lembrei de como ele é bom. Baita poeta. Cara inteligente. Baiano. Canceriano, do dia 28 de junho. Qualquer semelhança, eu juro que é coincidência.
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Juro também que vou pensar num assunto sério para postar nesse blog. Capilo e Bodão sempre falando sério e eu postando coisas nada a ver: rodas de capoeira, Big Brother (aliás, será que o doutor maluco sai amanhã?) e afins.
12 comentários:
a seriedade está em quem lê
capoeira é coisa séria e esse seu comentário me ofendeu.
sinuca também é coisa séria...
sem drama suzana, a canceriana sou eu.
rolou censura em comentário aí?
que censura?????? era spam, vírus, ou sei lá que diabo. tirei para evitar que desavisados cliquem.
Quero mais posts como esse. Quarta vai rolar mais sinuca? heheheh BJAUM
Sorte no jogo, azar no amor.
Deve ser a sinuca que está te atrapalhando de entender o tema anterior do post: relacionamentos.
E concordo: capoeira é coisa séria.
a canceriana é vc, mas a capoeirista sou eu. ousa falar mal do esporte nacional. hunf.
surgem uns anônimos engraçados né...
anônimo querido, se vc quer saber, não tenho tido sorte nem no jogo, nem no amor. o que me deixa no 0x0 com possibilidade de ganhar em qualquer um dos dois.
sobre a capoeira: aceito. assunto sério e esporte nacional, depois da sinuca, é claro.
A sorte de um amor tranquilo, não eterno, porque isso não existe. Existem amores batalhados, esforçados, dedicados. Infinitos, até. Mas eternos... Só Romeu e Julieta mesmo, porque se mataram antes que o amor morresse.
(Nossa, que comentário deprê.)
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