Como já havia indicado na minha postagem anterior hoje eu fui assistir um show de graça do Femi Kuti, filho do Fela, no Prospect Park, Brooklyn, NY.
Porrrrrraa!!!! Que showzaço!!!
Nem ia postar nada, estou na casa de amigos e é sempre estranho escrever aqui no escuro enquanto a casa ressona. Mas foi foda!!
Fiquei encantado em ver as dançarinas popozudas e suas coreografias sensuais e ver como a coisa de exibir bundas e insinuar o sexo é uma coisa africana. Lembra muito o funk carioca, embora mais elegante ou menos direto ao ponto. Legal perceber essas influências na cultura funk, embora achar que o funk acaba descambando hoje em dia para uma baixaria-putaria generalizada e um clima de puteiro vagabundo.
Dá pra melhorar, apesar de achar que o lirismo definitivamente não combine com o tamborzão...
(Lembrei de uma entrevista do diretor Gilo Pontecorvo, autor do filme`The battle of Algiers` em um programa da televisão italiana-ou-de-qualquer-lugar-do-mundo-que-fala-e-age-da-mesma-forma-hegemônica em que relata uma entrevista com uma mulher argelina e muçulmana... ao questionar como ela sucumbe a opressão masculina islâmica da burca, entre outras, a mulher lhe diz que acha igualmente estranho a forma como as mulheres ocidentais lidam com sua sexualidade e expõem o corpo... tipo `primeiro foi a calça, depois a mini saia, depois o topless... qualquer dia o único momento de erotismo e sensualidade de vocês vai ser quando o esperma encontrar o útero...` interessante... )
Duas horas intensas de afrobeat, um cheiro contínuo de maconha, uma multidão bonita, vistosa e tipo super na sua - até demais pro meu gosto... Os policiais, apesar do óbvio consumo de maconha, limitavam-se a observar a ordem. Fosse no Rio e fariam a habitual caça aos maconheiros em busca de extorsões e drogas para consumir de graça. Sem dúvida, um pensamento que não sai da minha cabeça é que a polícia do Rio, especialmente, é um tipo de câncer social - apesar de não gostar da analogia e da idéia de patologia de ordem social... Mas meganha é meganha e os daqui parecem ter um pouquinho mais de bom senso.
Fiquei com vergonha de pedir pra dar um dois pros carinhas... pois é, fiquei... Depois um amigo americano que está pegando e sendo pego por uma amiga carioca falou que seria tranquilo... Bem que eu desconfiei já que geral ficou tentando me filar os meus cigarros de mais de sete dólares e eu só correspondi ao primeiro pedido de uma mocinha loura yankee até dizer chega e fechei a porteira... Vai se foder gringaiada, cigarro caro pra caralho!!!
No final do show tocou uma música do Jackson Five, I`ll be there, em homenagem ao Michael Jackson americano que não era comunista mas também comia criancinhas... Rolou uma comoção geral enquanto eu, já cheio de cerveja cara, morna e ruim (budweiser) cantava altissonante won`t be there e pensava que agora só falta a Xuxa... que não come criancinhas mas lambe paquitas...
desculpe a baixaria, mas me deu um tamborzão por dentro agora que a malandragem do Brooklyn defronte minha janela botou uma sequência de Michael pedófilo vitiligo de viado Jackson e ficou cantanto junto em coro choroso...
AAAhhh
Só falta a Xuxa!!!!
AAAhhh
Só falta a Xuxa!!!!
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