quinta-feira, 30 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
gastronotes
minha gastrite mora aqui dentro de mim há uns 8 anos.
de tempos em tempos ela dá sinais claros de que existe e exige atenção. vivo um desses momentos.
tenho gastrite crônica desde os 15 anos. aos 16 tratei forte. aos 18 quando comecei a beber cerveja desisti de tratá-la. porque gastrite não combina com cerveja. nem com ansiedade. aí, a única cura seria eu nascer de novo.
uma coisa que decidi desde sempre foi me poupar de ketchup e maionese. é uma mania estúpida, mas todo mundo tem as suas. minha lista de restrições médicas é absurda, inimaginável e absolutamente impossível de ser cumprida. com o tempo, aprendi que o médico passa uma lista dessas apenas para constar. ou você decide fazer dieta para o resto da vida, ou segue alguns itens apenas para aliviar - e o que alivia, varia de organismo para organismo. eu escolhi o ketchup e a maionese. raramente como. é quase toc: peço um x-tudo e sempre ressalto que é sem ketchup e sem maionese. é como se eu dissesse para meu estômago que me preocupo com ele. também se puder escolher entre molho vermelho e branco, escolho branco. e entre sucos ácidos ou não, fico com os menos ácidos. e só! esse é meu tratamento.
de tempos em tempos quando a crise toma conta de mim, vou ao médico. levro broncas e sou aterrorizada por um diagnóstico medonho. aprendi com o tempo que não iria muito longe disso. mas, ocorre que dessa vez está beirando o insuportável. dor sempre existiu, mas ela nunca me impediu de ser uma garotinha extrovertida, pronta para fazer novas amizades, sempre com um sorriso no rosto e a postos para ajudar os amiguinhos.
são apenas dois dias em casa, curtindo ansiedade e ocupada mais com a minha vida do que com o trabalho; me acabando com big mama thornton nesse caixote frio que chamo de quarto, donde só saio para ver a novela da tarde e pegar tangerinas, e a danada da gastrite tem me torturado. não acho que os fatos tenham relação direta. mas desde domingo ela chegou pra ficar, justo quando as férias vieram. acho sim que a ansiedade que me assola no momento - a pressão CAPEStalista - tem sua culpa. é o preço que se paga por correr atrás dos seus sonhos, raro leitor. por acreditar que querer é poder. mas eu pago. prova de que me dedico à vida acadêmica de carne osso. que coloco meu sangue, literalmente, à disposição dessa nação - sim, porque a última endoscopia detectou entre outras coisas o potencial hemorrágico de tudo que há dentro de mim desde o esôfago até o duodeno.
tudo isso pra dizer que marquei a gastro. vou na quinta de manhã. sexta deve começar essa besteira de remédio. uma dieta básica - que o máximo que conseguir manter foram 4 dias. os remédios sempre rendem discussão entre eu e ela. na última, a pretensão da médica era que eu ficasse 28 dias sem ingerir álcool. falei que arrumasse outro tratamento. fiquei 7 dias. e mais 35 tomando remédio, mediante um acordo de beber com moderação.
nunca me senti tão mal como me sinto agora. hoje, especialmente, foi ruim. se não fosse big mama thornton e os blues que ficam rebatendo aqui nas paredes geladas, eu teria tomado o suco de limão que foi servido no almoço e me libertado de uma vez desse detalhe chamado estômago. nos meus pensamentos mais desconexos e absurdos da madrugada, já consegui imaginar cenas em que o tiro de dentro de mim sem nenhuma dor e guardo numa gaveta embaixo da cama. quando muito necessário, vou lá, pego de volta. como um x-tudo e depois ele volta pra gavetinha. seríamos, ele e eu, seres mais livres e felizes.
*para ler sabendo que o desconforto da gastrite traz consigo doses inimagináveis de mau-humor. dele resultam altas taxas de clichê e ironia. logo, não vou responder a comentários que exaltem meu amor pela vida acadêmica ou explicar como o meu projeto vai mudar os rumos da juventude desse país. para tratar de assuntos sérios, passa amanhã.
de tempos em tempos ela dá sinais claros de que existe e exige atenção. vivo um desses momentos.
tenho gastrite crônica desde os 15 anos. aos 16 tratei forte. aos 18 quando comecei a beber cerveja desisti de tratá-la. porque gastrite não combina com cerveja. nem com ansiedade. aí, a única cura seria eu nascer de novo.
uma coisa que decidi desde sempre foi me poupar de ketchup e maionese. é uma mania estúpida, mas todo mundo tem as suas. minha lista de restrições médicas é absurda, inimaginável e absolutamente impossível de ser cumprida. com o tempo, aprendi que o médico passa uma lista dessas apenas para constar. ou você decide fazer dieta para o resto da vida, ou segue alguns itens apenas para aliviar - e o que alivia, varia de organismo para organismo. eu escolhi o ketchup e a maionese. raramente como. é quase toc: peço um x-tudo e sempre ressalto que é sem ketchup e sem maionese. é como se eu dissesse para meu estômago que me preocupo com ele. também se puder escolher entre molho vermelho e branco, escolho branco. e entre sucos ácidos ou não, fico com os menos ácidos. e só! esse é meu tratamento.
de tempos em tempos quando a crise toma conta de mim, vou ao médico. levro broncas e sou aterrorizada por um diagnóstico medonho. aprendi com o tempo que não iria muito longe disso. mas, ocorre que dessa vez está beirando o insuportável. dor sempre existiu, mas ela nunca me impediu de ser uma garotinha extrovertida, pronta para fazer novas amizades, sempre com um sorriso no rosto e a postos para ajudar os amiguinhos.
são apenas dois dias em casa, curtindo ansiedade e ocupada mais com a minha vida do que com o trabalho; me acabando com big mama thornton nesse caixote frio que chamo de quarto, donde só saio para ver a novela da tarde e pegar tangerinas, e a danada da gastrite tem me torturado. não acho que os fatos tenham relação direta. mas desde domingo ela chegou pra ficar, justo quando as férias vieram. acho sim que a ansiedade que me assola no momento - a pressão CAPEStalista - tem sua culpa. é o preço que se paga por correr atrás dos seus sonhos, raro leitor. por acreditar que querer é poder. mas eu pago. prova de que me dedico à vida acadêmica de carne osso. que coloco meu sangue, literalmente, à disposição dessa nação - sim, porque a última endoscopia detectou entre outras coisas o potencial hemorrágico de tudo que há dentro de mim desde o esôfago até o duodeno.
tudo isso pra dizer que marquei a gastro. vou na quinta de manhã. sexta deve começar essa besteira de remédio. uma dieta básica - que o máximo que conseguir manter foram 4 dias. os remédios sempre rendem discussão entre eu e ela. na última, a pretensão da médica era que eu ficasse 28 dias sem ingerir álcool. falei que arrumasse outro tratamento. fiquei 7 dias. e mais 35 tomando remédio, mediante um acordo de beber com moderação.
nunca me senti tão mal como me sinto agora. hoje, especialmente, foi ruim. se não fosse big mama thornton e os blues que ficam rebatendo aqui nas paredes geladas, eu teria tomado o suco de limão que foi servido no almoço e me libertado de uma vez desse detalhe chamado estômago. nos meus pensamentos mais desconexos e absurdos da madrugada, já consegui imaginar cenas em que o tiro de dentro de mim sem nenhuma dor e guardo numa gaveta embaixo da cama. quando muito necessário, vou lá, pego de volta. como um x-tudo e depois ele volta pra gavetinha. seríamos, ele e eu, seres mais livres e felizes.
*para ler sabendo que o desconforto da gastrite traz consigo doses inimagináveis de mau-humor. dele resultam altas taxas de clichê e ironia. logo, não vou responder a comentários que exaltem meu amor pela vida acadêmica ou explicar como o meu projeto vai mudar os rumos da juventude desse país. para tratar de assuntos sérios, passa amanhã.
domingo, 26 de julho de 2009
o filme de domingo
sunshine cleaning
o mundo é muito ruim sem você
__________
hoje foi dia de roda de funk no dona marta. divertido. pessoas maneiras. boas conversas. boas músicas e de quebra uma cerveja. e o que é uma roda de funk? ocorre que tem uma galera militando aí pela descriminalização do ritmo e para revogação da lei que proíbe a organização de festas funk nas comunidades - pra explicar de forma sucinta. e essa galera promove uma parada muito maneira, que é a roda. roda mesmo. caixas e CDJs de um lado, djs, mcs e funk das antigas. nada melhor para o domingo.
o mundo é muito ruim sem você
__________
hoje foi dia de roda de funk no dona marta. divertido. pessoas maneiras. boas conversas. boas músicas e de quebra uma cerveja. e o que é uma roda de funk? ocorre que tem uma galera militando aí pela descriminalização do ritmo e para revogação da lei que proíbe a organização de festas funk nas comunidades - pra explicar de forma sucinta. e essa galera promove uma parada muito maneira, que é a roda. roda mesmo. caixas e CDJs de um lado, djs, mcs e funk das antigas. nada melhor para o domingo.
teve ainda um instante em que caiu a luz. foi bonito ver o coro da galera cantando sem as caixas e sem a base, na capela, alguns funks clássicos. eis a roda.
_____________
ombudsman informa: glorioso meteu 3 no internacional. bah!
obina, digo palmeiras, meteu três no coringão.
e a vida segue numa boa.
_____________
ombudsman informa: glorioso meteu 3 no internacional. bah!
obina, digo palmeiras, meteu três no coringão.
e a vida segue numa boa.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
notas pré-vacaciones
esse blog cheira a mofo. mas estou de regresso. anima-te, leitor injuriado, e cai dentro que o post é longo.
_______
eu entro de férias amanhã. isso não é novidade nenhuma. devo dizer, no entanto, que eu estou muito ansiosa para entrar de férias. por várias razões. vamos a elas:
1. sem drama que eu não sou disso e se eu quisesse fazer drama eu teria motivos muito melhores. eu estou merecendo esses dias de férias. muita pressão. muita cobrança. muita responsabilidade. o tema é um poço de contradição. porque nem posso dizer que não gosto do que eu faço. por mais duro que seja admitir, sim, das atividades que desenvolvo diariamente, há uma série delas que me agradam. problema é que quando eu fazia só essas coisas minúsculas e nada importantes eu tinha mais prazer em acordar todo dia, andar 10 minutos, pegar uma van mucho loca e rumar pro coração da avenida brasil. hoje, eu acordo atrasada, saio correndo rumo à praia de botafogo - onde nem admiro mais a paisagem que já me fez perder a van -, aguardo ansiosa pelo meu transporte e fico o dia todo torcendo pra acabar o dia, pra sair de lá e continuar falando de trabalho - na maioria das vezes. definitivamente, eu não quero estar onde estou com 24 anos de idade, um fígado promissor, pulmões ainda limpos, humor rápido e meio estômago. eu quero gastar a metade de estômago que me resta de outro jeito, é fato.
2. daí, então, que as férias servem para eu repensar essas paradas. colocar pingos nos iiiii e cedilhas nos cccc. daqui há três semanas não será mais assim. garanto. e daqui há seis meses estará tudo diferente. porque no meio do caminho tem uma rocha, josé e ela atende pelo nome master, maestria e outras alcunhas que me recuso a grafar. não dá pra jogar tudo pro alto e eu não o faria. mas dá pra ficar uns dias pensando e planejando formas de sair desse buraco que me meti. façamos por partes. com calma saio de onde não quero estar e vou pra onde desejar. e onde é? não sei. só sei que eu quero viver com menos. tá tudo demais na minha rotina e isso não me agrada.
3. enfim, sejamos sintéticos: férias pra repensar, dar uma descansada (e dormida), recuperar a voz perdida desde o aniversário, assistir sessão da tarde e senhora do destino e o melhor de tudo: aproveitar uns poucos dias distante dos meus dias.
4. e o que eu vou fazer nas férias? já decidi: vou dedicar a semana que vem à burocracia. preciso ajustar minha vida acadêmica que está bem zuada. fazer matrícula, arrumar uma banca fantasma de qualificação, finalizar matérias abandonadas, fazer um ou outro trabalho vagabundo e voltar a ser uma aluna qualificada. feito isso, saio do rio por uns dias, para abandonar os meus dias. havia decidido que só algo que valesse muito a pena me levaria pra longe, ando enjoada de aeroportos. quando eu achei que não tinha mais atrativo, papai me presenteou com suas milhas. assim sendo, dia 31 parto para joão pessoa = muita comida boa, um quarto só pra mim escuro e silencioso, praia quente em frente ao quarto, paparicos, a boa companhia de felipão - agora com carro, o que nos dá possibilidades infinitas de aproveitar o litoral -, e nada de social chata, noitadas exageradas e afins. é sombra e água fresca, literalmente. com passagens grátis. bom, quando eu for para joão pessoa, restarão 17 dias de férias. retorno dia 05, quando restarão 12. essas 12 serão inteiramente dedicadas ao texto da qualificação. dará tempo? eu acho que não. mas tenho certeza que até lá desenvolvo um mecanismo nada honesto para ajeitar isso. se eu não desenvolver, teremos, pela primeira vez em 24 anos, um problema grave. mas enfim, dramas não combinam comigo.
5. volto ao trabalho dia 17. qualifico até o dia 28. em setembro tudo será diferente. com muita fé, até o endereço. de e-mail.
6. caminhadas longas começam com o primeiro passo - li em algum rodapé de agenda vagabunda.
_________
esse mês eu esqueci o aniversário de 3 pessoas que se importam com isso. não tive coragem ainda de ligar pra nenhuma delas me desculpando. nem pra isso eu tenho tido paciência. vou fazer a partir de sábado.
mas hoje (23) é aniversário de uma das melhores pessoas que eu já conheci na vida. não melhor de legal, engraçada, inteligente etc. melhor de melhor mesmo. ser humano melhor. do lado de luise você tem até vergonha de não ser bom, solidário e paciente. com ela crises de rinite, sorvete na ribeira e vista da avenida contorno.
parabéns pra ela - que só deus sabe se lê isso aqui. mas vou bem usar pra comprovar que lembrei, já que o telefone só deu fora de área.
_________
post excessivamente pessoal, eu sei. quer ler ficção compra o paulo coelho. quer ler coisa séria compra o globo. aqui é o que me der na cabeça. e olha, o que tem me dado na cabeça não vale um tostão enferrujado.
________
escrevi bastante mas ainda ficou faltando postar um vídeo, comentar da minha irritação com a ausência de lugar público para falar o que me der na telha - muitos conhecidos da vida e/ou trabalho lendo minhas páginas pessoais -, colocar o texto II da defensiva e contar pra vocês a saga do cara que não conseguia acabar seus namoros e colocava uma música de corno pra mulher ouvir e dizia pra ela com versos da música que ia deixá-la.
ficam pras férias.
_______
eu entro de férias amanhã. isso não é novidade nenhuma. devo dizer, no entanto, que eu estou muito ansiosa para entrar de férias. por várias razões. vamos a elas:
1. sem drama que eu não sou disso e se eu quisesse fazer drama eu teria motivos muito melhores. eu estou merecendo esses dias de férias. muita pressão. muita cobrança. muita responsabilidade. o tema é um poço de contradição. porque nem posso dizer que não gosto do que eu faço. por mais duro que seja admitir, sim, das atividades que desenvolvo diariamente, há uma série delas que me agradam. problema é que quando eu fazia só essas coisas minúsculas e nada importantes eu tinha mais prazer em acordar todo dia, andar 10 minutos, pegar uma van mucho loca e rumar pro coração da avenida brasil. hoje, eu acordo atrasada, saio correndo rumo à praia de botafogo - onde nem admiro mais a paisagem que já me fez perder a van -, aguardo ansiosa pelo meu transporte e fico o dia todo torcendo pra acabar o dia, pra sair de lá e continuar falando de trabalho - na maioria das vezes. definitivamente, eu não quero estar onde estou com 24 anos de idade, um fígado promissor, pulmões ainda limpos, humor rápido e meio estômago. eu quero gastar a metade de estômago que me resta de outro jeito, é fato.
2. daí, então, que as férias servem para eu repensar essas paradas. colocar pingos nos iiiii e cedilhas nos cccc. daqui há três semanas não será mais assim. garanto. e daqui há seis meses estará tudo diferente. porque no meio do caminho tem uma rocha, josé e ela atende pelo nome master, maestria e outras alcunhas que me recuso a grafar. não dá pra jogar tudo pro alto e eu não o faria. mas dá pra ficar uns dias pensando e planejando formas de sair desse buraco que me meti. façamos por partes. com calma saio de onde não quero estar e vou pra onde desejar. e onde é? não sei. só sei que eu quero viver com menos. tá tudo demais na minha rotina e isso não me agrada.
3. enfim, sejamos sintéticos: férias pra repensar, dar uma descansada (e dormida), recuperar a voz perdida desde o aniversário, assistir sessão da tarde e senhora do destino e o melhor de tudo: aproveitar uns poucos dias distante dos meus dias.
4. e o que eu vou fazer nas férias? já decidi: vou dedicar a semana que vem à burocracia. preciso ajustar minha vida acadêmica que está bem zuada. fazer matrícula, arrumar uma banca fantasma de qualificação, finalizar matérias abandonadas, fazer um ou outro trabalho vagabundo e voltar a ser uma aluna qualificada. feito isso, saio do rio por uns dias, para abandonar os meus dias. havia decidido que só algo que valesse muito a pena me levaria pra longe, ando enjoada de aeroportos. quando eu achei que não tinha mais atrativo, papai me presenteou com suas milhas. assim sendo, dia 31 parto para joão pessoa = muita comida boa, um quarto só pra mim escuro e silencioso, praia quente em frente ao quarto, paparicos, a boa companhia de felipão - agora com carro, o que nos dá possibilidades infinitas de aproveitar o litoral -, e nada de social chata, noitadas exageradas e afins. é sombra e água fresca, literalmente. com passagens grátis. bom, quando eu for para joão pessoa, restarão 17 dias de férias. retorno dia 05, quando restarão 12. essas 12 serão inteiramente dedicadas ao texto da qualificação. dará tempo? eu acho que não. mas tenho certeza que até lá desenvolvo um mecanismo nada honesto para ajeitar isso. se eu não desenvolver, teremos, pela primeira vez em 24 anos, um problema grave. mas enfim, dramas não combinam comigo.
5. volto ao trabalho dia 17. qualifico até o dia 28. em setembro tudo será diferente. com muita fé, até o endereço. de e-mail.
6. caminhadas longas começam com o primeiro passo - li em algum rodapé de agenda vagabunda.
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esse mês eu esqueci o aniversário de 3 pessoas que se importam com isso. não tive coragem ainda de ligar pra nenhuma delas me desculpando. nem pra isso eu tenho tido paciência. vou fazer a partir de sábado.
mas hoje (23) é aniversário de uma das melhores pessoas que eu já conheci na vida. não melhor de legal, engraçada, inteligente etc. melhor de melhor mesmo. ser humano melhor. do lado de luise você tem até vergonha de não ser bom, solidário e paciente. com ela crises de rinite, sorvete na ribeira e vista da avenida contorno.
parabéns pra ela - que só deus sabe se lê isso aqui. mas vou bem usar pra comprovar que lembrei, já que o telefone só deu fora de área.
_________
post excessivamente pessoal, eu sei. quer ler ficção compra o paulo coelho. quer ler coisa séria compra o globo. aqui é o que me der na cabeça. e olha, o que tem me dado na cabeça não vale um tostão enferrujado.
________
escrevi bastante mas ainda ficou faltando postar um vídeo, comentar da minha irritação com a ausência de lugar público para falar o que me der na telha - muitos conhecidos da vida e/ou trabalho lendo minhas páginas pessoais -, colocar o texto II da defensiva e contar pra vocês a saga do cara que não conseguia acabar seus namoros e colocava uma música de corno pra mulher ouvir e dizia pra ela com versos da música que ia deixá-la.
ficam pras férias.
terça-feira, 14 de julho de 2009
de onde eu vim
eu queria tanto escrever sobre as minhas sensações quando volto à brasília. queria tanto colocar em palavras desordenadas e nada consistentes o que aquele céu; aquela paisagem; aquela ausência de esquinas e sentimentos; a secura nos lábios e no nariz; o papo de governo em cada esquina (opa, entrequadra); as entrequadras; os eixos; a minha falta de referência; o concreto; o aeroporto; o campão de uma quadra pra outra; a ponte; o adeus seco; a ida e a vinda...o que eles causam em mim. o que eles fazem remexer na minha cabeça, no meu peito e no que sobrou do meu estômago. mas, caramba, eu não consigo.
opa. escrevi.
_______
vamo lá minha gente, unam-se à capilo na contagem regressiva. minhas férias estão chegando.
opa. escrevi.
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vamo lá minha gente, unam-se à capilo na contagem regressiva. minhas férias estão chegando.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
10 chops para um post
para o ouvinte do interior: toca no rádio nesse momento cd de forró. a canção diz assim: "eu vou largar a casa e mudar pro cabaré, passar o ano inteiro rodeado de mulher"...salve ouvinte.
minha vó voltou. voltou, minha gente. a velha estava há TRÊS meses em rondônia. e uma saudade batia de doer nesse peito baiano. ela voltou, enrugadinha, baixinha, com aquele perfume maravilhoso e seu charme idoso que só o bom alzheimer é capaz de dar.
nosso diálogo:
- tá com uma carinha triste, minha filha.
- cansada vó.
- de que?
- um pouco do trabalho.
- tá certo, tem que trabalhar mesmo. mas não pode só trabalhar.
- eu sei vó, faço outras coisas também.
- o que?
- tomo uma cervejinha.
- ahhhh, aí tá certo.
como diria uma conhecida minha - ouvinte do interior: tem como não amar?
então, aí fiquei feliz e tomei essa cerveja hoje né? não que eu beba... mas dei o prazer à adorável família e meudeusdocéu, como é bom beber com papai: meu cartão de crédito agradece.
_____
o que eu queria dizer é que esse blog só tem leitor abestalhado (boa palavra). cara, postei a melhor frase em anos, no post passado e ninguém comenta. bando de insensível. não entendem nada de amor. acham que sair por aí dizendo esses euteamos vazios que vocês dizem, vale de alguma coisa. pois eu digo: vale nada! eu adorei essa imagem aí embaixo e olha que encontrei por acaso. a única coisa é que eu mudaria para: você é a minha pessoa favorita no mundo e isso inclui as que nem nasceram. as imaginárias é bom também, mas "as que nem nasceram" dá uma ideia de infinito.
_____
então falou, um abraço pra você ouvinte (esse título do bodão foi bom pra cacete)...
agora mudou o forró. toca: "é proibido cochilar, é proibido cochilar". sério?????
minha vó voltou. voltou, minha gente. a velha estava há TRÊS meses em rondônia. e uma saudade batia de doer nesse peito baiano. ela voltou, enrugadinha, baixinha, com aquele perfume maravilhoso e seu charme idoso que só o bom alzheimer é capaz de dar.
nosso diálogo:
- tá com uma carinha triste, minha filha.
- cansada vó.
- de que?
- um pouco do trabalho.
- tá certo, tem que trabalhar mesmo. mas não pode só trabalhar.
- eu sei vó, faço outras coisas também.
- o que?
- tomo uma cervejinha.
- ahhhh, aí tá certo.
como diria uma conhecida minha - ouvinte do interior: tem como não amar?
então, aí fiquei feliz e tomei essa cerveja hoje né? não que eu beba... mas dei o prazer à adorável família e meudeusdocéu, como é bom beber com papai: meu cartão de crédito agradece.
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o que eu queria dizer é que esse blog só tem leitor abestalhado (boa palavra). cara, postei a melhor frase em anos, no post passado e ninguém comenta. bando de insensível. não entendem nada de amor. acham que sair por aí dizendo esses euteamos vazios que vocês dizem, vale de alguma coisa. pois eu digo: vale nada! eu adorei essa imagem aí embaixo e olha que encontrei por acaso. a única coisa é que eu mudaria para: você é a minha pessoa favorita no mundo e isso inclui as que nem nasceram. as imaginárias é bom também, mas "as que nem nasceram" dá uma ideia de infinito.
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então falou, um abraço pra você ouvinte (esse título do bodão foi bom pra cacete)...
agora mudou o forró. toca: "é proibido cochilar, é proibido cochilar". sério?????
quinta-feira, 9 de julho de 2009
na defensiva I
- não entendi.
- é que não é que eu te ame ou qualquer coisa assim. não é que eu ache que você vá namorar comigo ou gostar de mim. nada disso. é só que eu tenho pensado assim, meio que diariamente, em como seria te beijar e ocasionalmente como seria...
- transar comigo?
- também, principalmente depois de ontem. mas nada demais, só isso.
- ontem?
- é quando você ficou alisando minhas costas e minha barriga.
- eu tava limpando seu casaco.
- então, nem achei que você tivesse me alisado. assim do nada...
- não que eu não alisaria.
- eu sei. mas, era só isso mesmo.
- só isso?
- é, só.
terça-feira, 7 de julho de 2009
capilo me deu um livro do bukowski de aniversário. é uma história dele em forma de quadrinhos. pelo que eu conto do velho buk aqui, aqueles que nunca leram podem imaginar como são as ilustrações. quem conhece, se diverte como eu. logo na capa tem um velho nu ao lado de uma mulher, num ambiente imundo.
o livro ficou em cima da mesa do quarto. mãe entrou no quarto há 5 minutos:
- minha filha, hoje na faxina vi esse livro aqui em cima da sua mesa...
- o bukowski?
- isso é pornografia, minha filha.
- ai mãe é um autor que eu adoro, deixa aí.
- eu cheguei a achar que era uma dessas revistas de sexo.
- não é.
- mas isso aqui não pode...
- mãe é só literatura, eu leio por conta dos textos, não pelo sexo.
- eu sou do tempo antigo mesmo. nunca vi dizer que isso é literatura.
- é porque você nunca leu mãe.
- nem vou ler. me admira você, uma intelectual lendo essas coisas.
fiquei pensando se eu explicava o que é um intelectual ou quem era bukowski. decidi não explicar nada e vir pro ombudsman.
o livro ficou em cima da mesa do quarto. mãe entrou no quarto há 5 minutos:
- minha filha, hoje na faxina vi esse livro aqui em cima da sua mesa...
- o bukowski?
- isso é pornografia, minha filha.
- ai mãe é um autor que eu adoro, deixa aí.
- eu cheguei a achar que era uma dessas revistas de sexo.
- não é.
- mas isso aqui não pode...
- mãe é só literatura, eu leio por conta dos textos, não pelo sexo.
- eu sou do tempo antigo mesmo. nunca vi dizer que isso é literatura.
- é porque você nunca leu mãe.
- nem vou ler. me admira você, uma intelectual lendo essas coisas.
fiquei pensando se eu explicava o que é um intelectual ou quem era bukowski. decidi não explicar nada e vir pro ombudsman.
domingo, 5 de julho de 2009
tempospaço
a melhor maneira que encontrei
ao longo da vida
de sentir passar o tempo
está no espaço insubstituível
do leito de um rio
(e mais especificamente
embaixo da ponte
do chalé da montanha
na Cabeceira do Sana...)
onde mergulho
e me agarro às pedras
que moldam horas
em águas caudalosas e inexoráveis
onde meus pensamentos se agarram
no momento agora da pedra
e minha pele
já não é mais
minha pele
e a sujeira
já não está mais colada no meu corpo
e o meu cheiro
sai outro
e sou mais eu mesmo
e verdadeiramente me acho
quando sou eu
indo
rio abaixo
ao longo da vida
de sentir passar o tempo
está no espaço insubstituível
do leito de um rio
(e mais especificamente
embaixo da ponte
do chalé da montanha
na Cabeceira do Sana...)
onde mergulho
e me agarro às pedras
que moldam horas
em águas caudalosas e inexoráveis
onde meus pensamentos se agarram
no momento agora da pedra
e minha pele
já não é mais
minha pele
e a sujeira
já não está mais colada no meu corpo
e o meu cheiro
sai outro
e sou mais eu mesmo
e verdadeiramente me acho
quando sou eu
indo
rio abaixo
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