quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ernesto
Assisti hoje ao Che de Benicio Del Toro e Sorderbergh. Tem lá seus méritos... uma câmera interessante para quem filma quase todo o tempo na mata. Uma estética própria para mostrar guerrilheiros - revela uma humanidade quase sempre ocultada.
Mas também tem seus clichês. Suas frases prontas... enfim, é a revolução dentro dos estúdios de hollywood - viva as contradições do capitalismo.
No entanto, não dá pra ver somente o filme. Pensar só na obra. Você pode não concordar. Achar vil, cruel, chamar os guerrilheiros de assassinos. Há também os que so veem uma utopia vazia e distante. E há uns poucos anacrônicos e deslumbrados que enxergam beleza e luta. Pois bem, não importa o modo de ver. O filme tem algo que é comum a todos e que - na minha modesta opinião - é seu maior mérito, sobretudo em tempos de resignação e conformismo. Ele mostra que há homens que batalham por aquilo que todos, no fundo, desejam, mas a maioria de nós já não vislumbra: a liberdade. E mais: mostra que em algum momento dessa nossa história, esse desejo se fez realidade, ainda que por instantes.
Fato é que num dado momento histórico, em algum lugar desse planeta, a hegemonia ruiu. Isso é inquestionável... e, pra mim, é muito bonito!
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