quinta-feira, 30 de abril de 2009

feriados, whiskis e porcos

apenas agora me dei conta, realmente, que amanhã é feriado - de novo. muita coisa pra fazer. não sei se vai dar tempo nos efêmeros 40 anos que me restam - na verdade, é um pouco menos, porque minha meta é cruzar o cabo da boa esperança com o estilo e elegância que só os 60 anos oferecem.

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bodão está de partida, rumo ao maravilhoso 'reino do jack daniels no balcão', dentre outras peculiaridades. ombudsman agora é internacional. temos um correspondente qualificado e atento cobrindo a crise econômica, os próximos 100 dias do governo obama, a gripe suína e todos esses assuntos de interesse dos nossos leitores.

pedi a ele pra trazer uma camisa do mickey pra mim e uma do chicago bulls - a do bulls ele se recusou. capilo, por sua vez, pediu uma do pateta. cada um tem o personagem que merece, né?

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respeita os homi, que agora são tudo mestre.

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em verdade vos digo, esse post era para mostrar esse vídeo aqui - que eu achei bem maneiro:



achei lá no blog dos emburacados (sem duplo sentido) - uns amigos vadios. a música é de oren lavie. como diria capilo, isso mesmo, o bom orie: de quem nunca ouvi falar. e se chama: her morning elegance.

o filme é uma delícia, tal qual a música. provecho.

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meu mundo ideal, além de open bar e ar condicionado, agora conta com duas novas características:

1. fim das agências de fomento e qualquer outro tipo de pressão à capacidade criadora dos seres humanos (não sei se o que começa a me acometer é medo ou desespero)

2. telões de pelo menos 2 metros de altura, em alta definição, reproduzindo continuamente lances do craque brasileiro da atualidade. ele mesmo: cleiton xavier - o magro!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

o amor acaba?

para vivi – que possivelmente nunca lerá isso aqui,
mas é uma boa companhia para se discutir amores e ‘pra sempres’



O post não é original. É do Marcelo Rubens Paiva. Ele escreveu uma crônica sobre o fim do amor - ou não -, baseado num texto do Paulo Mendes Campos intitulado ‘O amor acaba’ – assim, duro e seco.

Diz Paulo Mendes, citado por Marcelo (e resumido por mim):

"O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas (...) e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado..."

A 'resposta de Marcelo' é a seguinte (também resumida por mim):

“O amor não acaba

O amor acaba? O cara disse. Numa esquina, num domingo, depois do teatro e do silêncio, na insônia, nas sorveterias, como se lhe faltasse energia. Ele não volta? Não deixa rastro ou renasce? Na esquina em que se beijaram uma vez, lá está, na sombra apagada pela luz, na poeira suspensa, na revolta da memória inconformada. Na solidão, lá vem ele, volta, com lamento, um quase desespero, e penso nos planos perdidos, que vida sem sentido... Na insônia, o amor cai como uma tonelada de lápide, e se eu tivesse feito diferente, e se eu tivesse sido paciente, e se eu tivesse insistido, suportado, indicado, transformado, reagido, escutado, abraçado? (...) Saudades é amor. Não se tem saudades do que não se amou. O amor não acaba, porque tenho saudades, me lembro dela, me preocupo com ela, torço por ela, e se sonho com ela, meu dia está feito. O amor não pode acabar, porque sem ela ou sem a esperança de revê-la, até a chance de tê-la de volta, não vejo a paz. Ela é uma trégua na minha guerra pessoal contra a minha paixão por ela. Amá-la me faz bem. Mesmo que ela não me ame, amo amá-la. (...) Amor. O não-amor é o vazio. O antiamor também é amor. Eu te amava quando você respirava no meu ouvido. Lembra do meu dedo dentro de você? Amo-te, amo-te, amo-te. Instante secreto, sua boca incha, seus olhos apertam, suas unhas me arranham e você diz: Eu te amo! O amor acabou quando você se foi? (...) Pode virar amor não-correspondido. Pode ser amor com ódio, paixão com amor. Tem o amor e o nada. Ah, mais uma coisa. Antes que eu me esqueça. O amor não acaba. Vira. Se acabar, não era amor”.

A íntegra do post do Marcelo Rubens Paiva e de seu texto, estão aqui.

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“O amor não acaba. Vira”. Contempla muitas das minhas questões filosóficas e metafísicas a respeito do amor. Não é pra sempre. Não acaba. Ele existe. Ele deixa de existir.

Ele vira.

E que isso se aplique a algumas outras questões da vida.

Nisso tudo, até a Vivi concordou comigo, ontem na mesa do bar, depois das minhas 4 latinhas de Pepsi e seus 10 chops.

Vira.

para capilo


jamanta.net

terça-feira, 21 de abril de 2009

que mané susan boyle...

o sucesso da internet chama-se stefhany.

enquanto fica todo mundo comentando da escocesa (corrigido) desajeitada que fez sucesso num programa de calouros na inglaterra, eu fico é com stefhany - musa tupiniquim.

stefhany, pra quem não conhece, fez uma letra para uma melodia de uma canção gringa - método sandy & junior de composição*. nossa musa, claro, se insipirou numa decepção amorosa e escreveu essa poesia. a sacação desta piauiense sagaz é que na canção ela cita um modelo de carro conhecido: 'eu sou linda, absoluta e no meu cross fox eu vou sair'.

o resto da história não tem muita novidade: ela fez um clipe tosco; colocou no youtube; milhares viram; ela foi ao gugu; a música virou trilha da propaganda da montadora e stefhany alcançou a glória.

ando viciada em stefhany...



sente o nível: preta gil na the week, no dia 09/04 - o papel picado é tudo.




*a teoria que conceitua o método sandy & junior de composição não é minha. e da dupla.

sábado, 18 de abril de 2009

o que que passa na cabeça da pessoa pra ela ir a um casamento, em que além do noivo e da noiva, conhece duas pessoas, para tirar o sapato antes de todos, invadir a cozinha para beber prosecco - excelente prosecco, inclusive - e derramar prosecco na cabeça da noiva de propósito ?

eu queria dizer que o prosecco na cabeça era pura demonstração de carinho e alegria.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ernesto




Assisti hoje ao Che de Benicio Del Toro e Sorderbergh. Tem lá seus méritos... uma câmera interessante para quem filma quase todo o tempo na mata. Uma estética própria para mostrar guerrilheiros - revela uma humanidade quase sempre ocultada.

Mas também tem seus clichês. Suas frases prontas... enfim, é a revolução dentro dos estúdios de hollywood - viva as contradições do capitalismo.

No entanto, não dá pra ver somente o filme. Pensar só na obra. Você pode não concordar. Achar vil, cruel, chamar os guerrilheiros de assassinos. Há também os que so veem uma utopia vazia e distante. E há uns poucos anacrônicos e deslumbrados que enxergam beleza e luta. Pois bem, não importa o modo de ver. O filme tem algo que é comum a todos e que - na minha modesta opinião - é seu maior mérito, sobretudo em tempos de resignação e conformismo. Ele mostra que há homens que batalham por aquilo que todos, no fundo, desejam, mas a maioria de nós já não vislumbra: a liberdade. E mais: mostra que em algum momento dessa nossa história, esse desejo se fez realidade, ainda que por instantes.

Fato é que num dado momento histórico, em algum lugar desse planeta, a hegemonia ruiu. Isso é inquestionável... e, pra mim, é muito bonito!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Estômago



bom pra caralho.

mentiras sinceras cotidianas

o que eu falo nunca é o que falo e sim outra coisa.
clarisse lispector



hoje a poliícia matou um garoto de 17 anos na Baixa do Sapateiro, no conjunto de favelas da Maré. possivelmente esse menino não foi o único assassinado por um policial na região metropolitana do rio no dia de hoje. mas é a história que eu conheço. e só conheço porque eu estava lá na maré. o nome dele é Felipe dos Santos Correia de Lima. ele estava perto de sua casa, em pé, conversando com amigos na rua e foi atingido por uma bala na cabeça. os que estavam no local afirmaram que a polícia entrou atirando - como de praxe. também, como de costume, o corpo do garoto foi levado por um carro da polícia, sem perícia e à revelia da família.

esses costumes, por vezes, causam certo incômodo, digamos, aos moradores de favelas como felipe e seus familiares. então, esse bando de desocupados que não precisam trabalhar pra comer, porque a nossa democracia garante a todos o direito de morrer de uma hora pra outra, partiram pra linha vermelha no intuito de chamar a atenção e reclamar pela morte de felipe e a retirada do corpo do local. o acontecido resultou em uma nota no site do globo. leia aqui e tire suas conclusões. eu só queria ressaltar dois pequeninos detalhes:

1. a frase "durante troca de tiro com policiais". o bom jornalismo do segundo maior jornal do país ignora que para haver troca é preciso que estejam dois sujeitos interagindo. um, nós notamos que é a polícia. o outro, ora, é um dado irrelevante.

2. a polícia "alega" um monte de coisas sobre o garoto morto. alegar é de uma precisão canalha e criminosa quando se trata da perda da vida de alguém. reproduzir o "alegado" de forma imprecisa - sem nomes, depoimentos e contrapontos - e irresponsável - sem pensar na dor da família - devia ser crime.

o resto, cada um entenda como quiser. as verdades estão aí pra encobrir a realidade.

não é o primeiro caso. não vai ser o último - ainda. mas ainda bem que a resignação não faz parte dos meus sentimentos. não, raro leitor, essa não é mais uma história... é a história do felipe, um muleque que morava na Baixa e trabalhava numa loja de consertos de eletrodomésticos.

ps: a frase da clarisse fica de sugestão para slogan de jornal.


domingo, 12 de abril de 2009

- o botafogo ganhou de 4 - veja bem, gols - do invencível do campeonato. até agora eu não estou acreditando

- eu costumo não lembrar de tudo o que eu digo, óbvio. mas eu apostei uma caixa de cerveja ontem, por alguma coisa relacionada a futebol. agora não me lembro se foi pelo jogo de ontem. se foi, ótimo

- eu teria outras coisas pra dizer, mas é melhor ir dormir. mais prudente. desde quarta-feira que não sou eu que respondo por mim - só que as pessoas não notam, claro. estão muito apegados a essa coisa de aparência

domingo, 5 de abril de 2009

note to myself: brigar com papai!

é doído, mas vale a pena. ele faz as pazes e te ENCHE O SACO - mesmo - pra beber com ele o fim de semana INTEIRO. olha, fico boba de ver como eu aguento, porque é no almoço e no jantar. se eu não gostasse tanto de cerveja, acho que íamos acabar brigando de novo. e tem nêgo que fala que o álcool pode destruir famílias. não aqui.

eu só queria ver big brother. comer um pão com leite. postar no blog. e dormir. mas, vou ter que descer ali no bar porque ele já ligou duas vezes.

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e o telefone que não toca quando é pra tocar? problema é não saber se não toca porque não ligou ou se não toca porque ele tá um lixo. aliás, desde ontem - depois que rolou uma ligação cruzada com capilo, ele me ligando e eu tentando ligar pra outra pessoa - todas as ligações do meu telefone aparecem o nome de capilo acima do nome do meu interlocutor. pirou de vez.

na boa, o google tinha que comprar a claro. acho que meus problemas iam se reduzir pela metade.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

reuião do G20

escutei no rádio notícias animadoras sobre a reunião do G20: a porrada comeu solta. rolou uma série de protestos de grande porte. fiquei pensando que li uns dois textos de brasileiros que se impressionaram ao ir para a europa ou eua depois da crise. os textos falavam de como não temos dimensão do momento histórico que o mundo está passando. porque lá, no primeiro mundo, o bicho tá pegando. me lembrei também de como me assustei quando vi aquele lance dos operários da 3M na frança que durante protestos mantiveram como refém um executivo da empresa. achei sensacional, claro. mas, me surpreendeu. porque da forma como vemos a cobertura da crise aqui no brasil, não dá pra ter dimensões da parada. o mundo tá mudando minha gente e nós aqui assistindo big brother.

então, mas aí ouvi as notícias sobre a reunião do G20 e fiquei pensando em como são patéticas essas reuniões. mas enfim...isso é outro post. aproveitei agora que capilo já saiu do trabalho (12:51h - vejam só) e fui ver fotos da tal reunião. ver a cara dos caras e tal.

partilho com vocês.


mudaram as estações, nada mudou... eita o bom e velho berlusca! daqui uns dias tá tomando wiski com obama enquanto invade algum país terminado com ão! uma coisa que me intrigou é que o cara tem dinheiro pra comprar o kaká, um país inteiro e as porra e não clareia esses dentes. na boua!! obama podia dar uma dica. porque taí um cara bem cuidado. (clica nas fotos pra ampliar e ver como os dentes dele e do russo ao lado são amarelos)


uma coisa que me desanima: não só nasci na época errada, como nasci no país errado. mermão, eu sou do país do cansei! que vergonha. típica cena que jamais veríamos no brasil.


bom, o nosso dinheiro banca a reunião em si e também banca a ida das mulheres e passeios para que as primeiras-damas se divirtam. ok. justo! o que eu fiquei pensando foi: será que nosso vizinho, nestor kirchiner saiu com as primeiras-damas? notei também como michelle obama é alta. mulherão!


porra, como é que eu ia saber que na cantina aqui de baixo só aceitava dólar?
não é que eu queira. é o samba que chama.

eu juro, de pés juntos e tortos, que não é culpa minha e que LL na Bolívia se pronuncia como LH.

sem mais, me dispeço, feliz e contemplada.


clê, rumo a lá