sábado, 28 de fevereiro de 2009

largar o carnaval na metade e vir pro fim do mundo nunca foi uma boa opção. nem nunca será.

mas tem lá seu lado bom.

tem o jipe 73 na garagem pra ficar dirigindo no quarteirão. tem o mesmo açougue. o mesmo piso de flor na copa onde aprendi a andar. requeijão, beijú, carne do sol, osso de patin, biscoito avoador, rabada e outras tantas iguarias. as vacas ainda morrem do mesmo jeito. eu ainda sei amolar faca. o apelido de infância ainda persiste e ao andar na rua, quem não sabe meu nome, reconhece minha mãe no sorriso fácil e nos olhos grandes.

incrível como certas coisas parecem que não saem do lugar com o passar dos anos. e mais incrível ainda é encontrar prazer naquilo que nem de longe faz mais parte do meu cotidiano.

já vim, dei um abraço no passado, me diverti com a tradição, mas ainda bem que essa noite volto pra casa.

nanuque - MG, 27/02/2009
clê

5 comentários:

Anônimo disse...

bem-vinda de volta

Amana disse...

qual eh seu apelido de infancia?? :)
Fica triste nao - eu tbm nao pulei carnaval... e nem tinha rabada ou biscoito avoador pra me consolar... hehehe

Clementina disse...

então, amana, tem dois. o primeiro e mais afável: zóião

o segundo e que eu gostava mais: mariana jogo duro

Amana disse...

fofos, os dois, zóião!
bjsss

Faber disse...

Eu passava as minhas férias de verão, na época em que elas tinham 3 meses de duração (lembra?), num vilarejozinho chamado Aldeia Velha. Não volto lá desde 95. E tenho medo de voltar e solapar minhas lembranças. É que a Aldeia Velha da minha memória é tão linda e bucólica que fico realmente com medo de encontrar uma Aldeia Velha cheias de Lan Houses e com um lixão fedorento no caminho entre a venda do Leco e o poço do Seu Ernesto.

Mas este ano, entre meus projetos, está o de encarar meu medo e voltar a Aldeia. Eu te conto como foi.